Produzido principalmente no Pará, Amazonas e Amapá, o cupuaçu movimenta a economia local com produção sustentável, gerando renda para comunidades e fornecendo matéria-prima para alimentos e cosméticos - Foto: Ronaldo Rosa/Embrapa
O cupuaçu (Theobroma grandiflorum) é uma das joias da Amazônia. Parente próximo do cacau, essa fruta de casca dura e polpa cremosa tem um sabor que mistura notas de chocolate com toques de frutas tropicais, como abacaxi e banana. Nativo do norte do Brasil, o cupuaçu já conquistou mercados internacionais, especialmente na culinária e na indústria de cosméticos. A fruta cresce em árvores que podem ultrapassar 10 metros de altura, preferindo solos férteis e clima quente para se desenvolver.
Rico em vitaminas A, B1, B2 e C, o cupuaçu também oferece sais minerais e fibras. Sua polpa branca e cremosa aumenta a imunidade, auxilia na regulação do colesterol e melhora o funcionamento intestinal. Agricultores no Pará, Amazonas e Amapá investem na produção comercial, utilizando cultivares resistentes a doenças, como a vassoura-de-bruxa, o que ajudou a ampliar a oferta da fruta no mercado.
O cupuaçu fortalece o sistema imunológico, melhora a digestão e ajuda a combater o envelhecimento precoce. Suas sementes produzem uma manteiga hidratante, usada em cremes e shampoos por sua capacidade de regenerar a pele e os cabelos. Além disso, a teobromina, presente na fruta, age como um estimulante natural, aumentando a disposição sem os efeitos colaterais da cafeína.
Produção sustentável: como o cupuaçu movimenta a economia local
A colheita do cupuaçu gera renda para comunidades amazônicas. Cada árvore produz até 30 frutos por safra, e a polpa é usada em sucos, sorvetes e geleias, enquanto as sementes viram matéria-prima para cosméticos e chocolate. Empresas como a Beraca investem em extração sustentável, garantindo fair trade e preservação da floresta.
Na culinária, o cupuaçu se revela extremamente versátil. Sua polpa serve para fazer sucos, sorvetes, geleias, doces, licores e mousses, sempre mantendo seu sabor exótico e refrescante. Além disso, a gordura extraída da fruta entra na fabricação de cosméticos, valorizando sua presença além da gastronomia.
Uma receita simples é o smoothie de cupuaçu com banana e leite de coco, perfeito para dias quentes. Já o cupulate pode ser usado em bolos e brigadeiros, oferecendo um toque amazônico aos doces.
Cupulate: o chocolate amazônico que promete revolucionar a gastronomia
Pesquisadores do Inpa e da Unicamp desenvolveram o cupulate, um chocolate feito com sementes de cupuaçu. O processo inclui fermentação, torra e moagem, resultando em um produto com textura e aroma similares ao chocolate tradicional, mas com menor custo de produção. O cupulate já aparece em versões ao leite, meio amargo e branco, ampliando as opções para quem busca alternativas ao cacau.
O Pará valoriza tanto o cupuaçu que o reconheceu como patrimônio cultural e promove festivais para celebrar sua gastronomia e relevância econômica.
Ocupando uma posição importante na agricultura e cultura amazônica, o cupuaçu demonstra que sua produção e aproveitamento industrial podem crescer ainda mais, ajudando a fortalecer a economia local e oferecer produtos inovadores para o mercado nacional e internacional.
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