Cassia Kis se envolveu em diversas polêmicas nos últimos meses, inclusive ao participar de atos inconstitucionais de apoio ao ex-presidente Bolsonaro (Foto: Reprodução)

Atores têm contrato fixos válidos e podem ser chamados para trabalhos, se a empresa quiser

Publicamente críticos à linha editorial adotada pelo jornalismo da Globo, os atores Cassia Kis, 65, e Carlos Vereza, 84, são dois dos poucos nomes que seguem com contrato fixo com a emissora. Mesmo em tempos de cortes, ambos tiveram seus respectivos vínculos prorrogados recentemente.

O fato chama a atenção porque nenhum deles têm trabalho previsto para os próximos tempos. A Globo tem adotado a política de manter em seu banco de atores apenas nomes que usará em projetos futuros.

Cassia estava em “Travessia” até o último mês de maio, e faria a terceira temporada de “Desalma”. A série, no entanto, foi cancelada pelo Globoplay. Já Vereza está fora da TV desde que fez uma participação em “Sob Pressão” em 2018. Sua última novela foi “Os Dias Eram Assim” (2017), para o horário das 23h.

Nas eleições de 2022, tanto Cassia quanto Vereza declararam voto no ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Cassia chegou a fazer campanha e a participar de protestos antidemocráticos. Em janeiro, por exemplo, ela compartilhou um texto em grupos de WhatsApp em que criticava William Bonner, apresentador do Jornal Nacional. Ela também chegou a declarar que não concordava com algumas atitudes da empresa em que trabalhava.

Já Vereza, em 2019, não gostou das cores que Renata Lo Prete e Jorge Pontual usaram em uma edição do Jornal da Globo. O veterano fez um desabafo e classificou como “patéticos” os “apresentadores na televisão fazendo birrinha”. Mais recentemente, o ator disse ter deixado de apoiar Bolsonaro por não concordar com atitudes suas, durante o seu mandato como presidente.

Com informações da Folha de S.Paulo