Franklin Vieira é presidente do Grupo Puro.Açaí - Foto: Assessoria de Imprensa

O Instituto Terroá divulgou, em 2023, a “Análise Econômica e de Serviços Ecossistêmicos entre Diferentes Sistemas de Produção de Açaí”, na qual é confirmada a informação de que nos últimos 20 anos existe um consumo crescente de açaí. E não somente no Brasil, mas no mundo, demandando dos produtores e distribuidores uma maior consciência em relação às práticas ambientalmente responsáveis de manejo e cultivo. Um exemplo disso é a preservação de biomas, recuperação de áreas degradadas e o incentivo à agricultura familiar, mesmo diante de nosso mercado de franquias, que, sozinho, atende a sete milhões de consumidores, como é o da Puro.Açaí.

Sabemos que, se intensificarmos o manejo dos açaizais, maior é o risco de provocarmos alterações no ambiente, como a erosão do solo ou até a inundação de áreas com maior frequência. Nesse contexto, surgem as reivindicações do setor por incentivo ao plantio de baixo impacto, sem perder de vista o aumento da produtividade e da economia verde, que visa aliar o crescimento econômico à preservação do meio ambiente. É preciso ampliar o espectro de fornecedores de matéria-prima para a polpa, o mercado de sementes e de palmito do açaí.

O documento do Instituto Terroá ainda revela o potencial de certificação orgânica para mais de 1,5 milhão de hectares onde ocorre o cultivo de açaí. Atualmente, há certificação para apenas 7.581 hectares. Somente nove estados brasileiros produzem o fruto do açaizeiro e 91% do cultivo total do açaí amazônico está concentrado nos estados da região Norte do país. Anualmente, o Brasil movimenta mais de R$ 3 bilhões com esse segmento do extrativismo vegetal.

Os dados nos levam a crer que existe potencial de expansão, caso haja incentivo e proteção para isso. Estamos falando, portanto, de mais pesquisas apoiadas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), ou de mais renúncia fiscal concedida ao setor da agroindústria, desde que haja reflorestamento, eliminação de agrotóxicos e a colheita artesanal. Esses tópicos são realísticos. A Puro.Açaí já pratica essas ações e é reconhecida pelo Banco da Amazônia de desenvolvimento de uma Amazônia sustentável.