A Coreia do Sul convocou o embaixador da Rússia em Seul nesta segunda-feira (21) para denunciar a decisão de Pyongyang de enviar milhares de soldados para apoiar Moscou em sua guerra na Ucrânia e pediu a “retirada imediata” dos militares.
Segundo a agência de inteligência sul-coreana, a Coreia do Norte decidiu enviar até 12 mil soldados para ajudar a Rússia. Quase 1.500 soldados das forças especiais norte-coreanas já estão na Rússia e devem ser transferidos para a frente de batalha em breve, segundo a mesma fonte.
O vice-ministro das Relações Exteriores da Coreia do Sul, Kim Hong-kyun, expressou as “graves preocupações” de Seul sobre o recente envio de tropas norte-coreanas à Rússia e pediu a “retirada imediata” e o “fim da cooperação neste âmbito”, informou o ministério em um comunicado.
O vice-ministro disse ao embaixador russo na Coreia do Sul, Georgy Zinoviev, que o fornecimento de armas e tropas de Pyongyang à Rússia “constitui uma ameaça considerável à segurança, não apenas da Coreia do Sul, mas também da comunidade internacional”.
As ações, alertou, “violam muitas resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas e da Carta das Nações Unidas”.
O embaixador Zinoviev destacou que “a cooperação entre Rússia e Coreia do Norte acontece no âmbito do direito internacional e não é direcionada contra os interesses de segurança da República da Coreia”, informou a embaixada russa em um comunicado.
A Otan, que não confirmou a presença de tropas norte-coreanas, La OTAN, advertiu que a medida representaria “uma escalada significativa” no conflito.
“Conversei com o presidente sul-coreano (Yoon Suk Yeol) sobre a colaboração estreita entre a Otan e Seul”, escreveu o secretário-geral da organização, Mark Rutte, na rede social X.
