Recorde fica com março de 2024 - Foto: Reprodução / James Day
Março de 2025 foi o segundo mais quente da história, segundo o boletim mensal divulgado nesta terça-feira (8) pelo Observatório Europeu Copernicus. De acordo com o serviço de monitoramento climático, as temperaturas registradas no mês passado ultrapassaram em 1,60 °C a média do período pré-industrial (1850–1900), que é de 1,5 °C.
O recorde de temperatura no terceiro mês do ano segue com 2024, quando os termômetros registraram 1,68 °C acima da média estimada. Dessa forma, março de 2025 foi apenas 0,08 °C mais frio que o recorde registrado no ano anterior e levemente mais quente do que o mesmo mês de 2016. Segundo o Copernicus, os relatórios deste ano confirmam uma sequência mensal de altas temperaturas recordes, iniciada em julho de 2023.
De acordo com o observatório, os dois episódios anteriores (de 2024 e 2016) foram registrados em meio a um intenso fenômeno El Niño, caracterizado pelo aquecimento anormal das águas do Oceano Pacífico Equatorial. Já o período de 2025 passa pelo La Niña, ou seja, de um momento de resfriamento das águas do Oceano Pacífico.
Temperatura recorde na Europa
Apesar da leve baixa, o tom segue alarmista. A Europa registrou o mês de março mais quente da história, acompanhado de chuvas extremas em algumas regiões, como a Espanha e Portugal. Por outro lado, certas áreas do continente viveram um período historicamente seco, como a Holanda e a Alemanha.
“Março de 2025 foi o março mais quente já registrado na Europa, destacando mais uma vez como as temperaturas continuam a bater recordes. O mês também foi marcado por extremos contrastantes de precipitação no continente: enquanto algumas regiões enfrentaram o março mais seco já registrado, outras tiveram o mais chuvoso dos últimos 47 anos, no mínimo”, diz Samantha Burgess, responsável estratégica para clima no ECMWF (Centro Europeu de Previsões Meteorológicas de Médio Prazo).
Fora da Europa, as temperaturas seguiram acima da média nas regiões do Ártico, com destaque para o Arquiélago Canadense e Baía de Baffin. Também foram registradas anomalias climáticas nos Estados Unidos, México, partes da Ásia e Austrália.
Por outro lado, os termômetros ficaram abaixo da média no norte do Canadá, na região da Baía de Hudson, e no leste da Rússia, perto da Península de Kamchatka.
Oceanos mais quentes
Os oceanos atingiram máximas de 20,96 °C em março. O índice superou o registrado em fevereiro, de 20,88 °C, e ficou apenas 0,12 ºC abaixo do recorde de março de 2024. As temperaturas só não subiram nas áreas próximas aos polos. De acordo com Burgess, se trata de uma situação “incrivelmente incomum”.
As temperaturas dos oceanos seguiram elevadas em diversas regiões. Algumas delas, como o Mar Mediterrâneo e o nordeste do Atlântico Norte, registraram anomalias térmicas mais extensas em comparação a fevereiro.
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