Helder Barbalho, governador do Pará - Foto: José Cruz / Agência Brasil

O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), afirmou ontem, em evento em São Paulo, que a COP30, a conferência climática da ONU que ocorre em novembro na capital paraense, Belém, não pode pode ser vista como uma “agenda ideológica”.

Governador afirmou que o evento é uma oportunidade para o Brasil “liderar a agenda ambiental”. Segundo ele, a COP30 não deve ser vista com uma agenda de pertencimento a tendências políticas de esquerda ou de direita. “A agenda ambiental é transversal”, afirmou ele ao lado dos governadores do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil) e de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) na conferência anual Santander, em São Paulo.

Barbalho disse também que o mundo tem “imputado” ao Brasil a responsabilidade pelas mudanças climáticas. “Como se coubesse apenas ao Brasil liderar e agir para que as mudanças climáticas possam ser reduzidas, para que a temperatura ultrapasse 1,5º C”, afirmou. Ele disse que o Brasil é país que mais preserva a floresta tropical entre as grandes nações do planeta.

O governador do Pará citou que os minerais críticos fortalecem o papel do país na transição energética. Barbalho disse também que a redução do desmatamento coloca o Brasil num ponto central para oferecer crédito de carbono. Segundo ele, o crédito de carbono pode ser transformado uma nova commodity global, e as companhias podem usar a compra do crédito para cumprimento das metas.

Barbalho disse que o país precisa divulgar que tem “agro produtivo, potente e sustentável”. “Podemos continuar na agenda da renovação energética”. Ele disse ainda que “eles precisam pagar” ao se referir aos países do norte global. “Não é possível que eles queriam que a Amazônia fique intocada sem que paguem um centavo aos povos locais, pelo sacrifício social que representa não produzir.”

Queremos ser protagonistas no agro e na energia limpa, mas preservando a Amazônia, diz governador. Segundo ele, países desenvolvidos precisam financiar essa combinação para que haja “justiça climática com justiça social”.

COP é momento para discutir essas questões, defende Barbalho. Segundo ele, a realização da COP30 na Amazônia é um convite para dizer “venham discutir meio ambiente na maior floresta tropical do mundo com o pé no chão.”

*Com informações de Uol