Contas do setor público tem déficit de R$ 119 bi em 2023, diz BC - Foto: Arquivo
O Banco Central divulgou nesta sexta-feira (5) que as contas do setor público consolidado apresentaram um déficit primário de R$ 119,55 bilhões nos onze primeiros meses de 2023.
No período correspondente de 2022, as contas públicas haviam apresentado um superavit de R$ 137,8 bilhões, equivalente a 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB). A deterioração no acumulado deste ano, portanto, totalizou um déficit de R$ 257,36 bilhões.
O déficit parcial acumulado no ano representa o desempenho mais desfavorável para este período desde 2020. Naquele ano, no início da pandemia da Covid-19, o governo aumentou os gastos com benefícios, gerando um déficit nas contas públicas de R$ 651,11 bilhões.
O déficit primário ocorre quando as despesas com impostos ultrapassam as receitas, sem incluir os juros da dívida pública. Em contrapartida, quando ocorre o oposto, temos um superavit. Esse resultado abrange o governo federal, os estados, municípios e as empresas estatais.
Medida Provisória
No final de dezembro foi publicada a Medida Provisória (MP) que contempla as medidas para assegurar o déficit zero e o equilíbrio das contas públicas em 2024, conforme anunciado pelo Ministério da Fazenda. Conforme as projeções da pasta, essa medida tem a expectativa de recuperar R$ 6 bilhões dos R$ 12 bilhões que estariam em risco com a desoneração total.
O documento revoga os benefícios fiscais relacionados ao Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse) e aos artigos da Lei nº 12.546/2011, os quais proporcionam uma desoneração parcial da contribuição previdenciária sobre a folha de pagamento.
Déficit
O governo registrou um déficit primário recorde de R$ 39,4 bilhões em novembro, conforme divulgado pelo Tesouro Nacional no final de dezembro. Este número é resultado do BC e do Tesouro Nacional, apresentando um desempenho negativo de R$ 19,8 bilhões, além de um déficit de R$ 19,6 bilhões na Previdência Social. No acumulado de janeiro a novembro, o déficit atingiu a marca de R$ 114,6 bilhões.
Esse é o pior resultado para o mês desde o início da série histórica em 1997, destacando-se como o maior déficit acumulado já registrado. O recorde negativo se deve principalmente a pagamentos extraordinários destinados a estados e municípios, decorrentes da Lei Complementar 201, das compensações devidas pela União.
A menos de dois anos das eleições presidenciais de 2026, partidos de oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mantêm conversas internas...
Metade das capitais brasileiras não tem plano municipal de mudanças climáticas. A conclusão é do estudo "Crise climática e desastres socioambientais", realizado pelo IJSN...