Os consumidores vão poder descobrir de onde vem o algodão usado na roupa em algumas peças do mercado. Uma parceria da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), com a Renner e a Rerserva do grupo AR&CO oferece informações sobre a origem do algodão e o processo de produção da peça.
A iniciativa faz parte do Programa SouABR (Algodão Brasileiro Responsável) e tem o objetivo de gerar transparência na relação com o consumidor e dar mais base para que ele possa analisar suas escolhas na compra. Ela também promove a certificação do cultivo.
A rastreabilidade pode ser acessada por meio de um QR Code nas peças adquiridas. Com isso, é possível ver o caminho do algodão, desde seu plantio na lavoura.
As informações armazenadas passam pelo blockchain, um registro digital compartilhado de transações que é mantido por uma rede de computadores, permitindo que se chegue ao histórico do produto de forma acessível e auditável.
“A certificação ABR possui 178 itens de verificação distribuídos em 08 critérios: contrato de trabalho, proibição do trabalho infantil, proibição de trabalho análogo a escravo ou em condições degradantes ou indignas, liberdade de associação sindical, proibição de discriminação de pessoas, segurança, saúde ocupacional, meio ambiente do trabalho, desempenho ambiental e boas práticas”, diz a Abrapa em nota.
A SouABR é a primeira iniciativa de rastreabilidade em larga escala na cadeia têxtil nacional, informa a instituição. Todas as peças rastreáveis do programa usam, no mínimo, 70% de algodão, em sua composição, sendo que 100% da fibra tem certificação socioambiental.
“Quando se trata de sustentabilidade, é quase inevitável associá-la ao produto acabado. Mas ela começa muito antes, como, por exemplo, com a escolha da matéria-prima e, a partir daí, capilarizada para todo o processo produtivo”, comenta Fernando Sigal, Diretor de Produto da Reserva.
“Este projeto em parceria com a Abrapa e a Reserva mostra como é possível conciliar moda, sustentabilidade e tecnologia com o propósito de que essa indústria seja cada vez mais transparente”, disse o gerente geral de Sustentabilidade da Lojas Renner, Eduardo Ferlauto. (G1)