A arqueira britânica Jodie Grinham vai competir pela terceira edição seguida das Paralimpíadas, porém, nesse momento, de uma maneira especial e em uma condição rara, mesmo em paratletas.
A arqueira está grávida de sete meses e compete no tiro com arco composto. Grinham já é mãe de Christian, de quase 2 anos.
Grinham tem somente um polegar em uma das mãos, e explicou ao site The Athletic que, devido a uma condição congênita de braquissindactilia, seus braços “têm comprimentos diferentes”. “Meu ombro não é desenvolvido do meu lado esquerdo que vai até meu núcleo esquerdo e quadril esquerdo”.
Ela e seu parceiro, Christopher, também sofreram com três abortos espontâneos, e tiveram Christian com parto prematuro, nascido justamente após 28 semanas, o que faz com que o bebê possa nascer durante as Paralimpíadas em Paris.
Grávida, a paratleta de 31 anos adaptou seu treinamento e técnica em uma tentativa de retornar ao pódio, tendo conquistado uma medalha de prata ao lado de John Stubbs, em 2016, no Rio, em uma categoria de equipes mistas para atletas com “níveis mais baixos de comprometimento nos membros superiores ou inferiores”
Para treinos, Grinham, mudou sua estratégia, em parceria com a treinadora Charlotte Burgess, procurando maneiras de acomodar melhor a ela e ao bebê, desde ao estilo de disparos, até as roupas. Agora, a britânica tem que usar roupas maiores para cobrir sua barriga, mas isso deixa excesso de material perto de seus ombros que pode ficar preso na corda.
Grinham coloca uma proteção sob sua axila para juntar qualquer tecido solto. Ela mudou o cinto de sua aljava (o estojo que carrega as flechas) para uma posição mais baixa, o que afeta como ela levanta e segura o arco em seu lado. Também usou análise de vídeo para verificar se nada está impedindo seu tiro.
Conforme a gravidez avança, seu treinamento é uma situação em constante mudança. Na semana passada, Grinham notou que o bebê estava se movendo para baixo na pélvis, causando desconforto porque a aljava também estava puxando. Na cama de fisioterapia, ela pode inclinar sua pélvis para fazer o bebê se mexer para que não fique tão embaixo, mas ela não pode fazer isso durante a competição.
Por conta disso, a britânica tem o pequeno risco do bebê decidir se mexer durante uma competição, em que um movimento errado pode ser a diferença entre conquistar ou não uma medalha, e sobre isso, Grinham declarou ao The Athletic:
“Senti um chute muito bom antes de atirar e pensei: ‘está tudo bem, a mamãe sabe que você está aí’. Não estou chateada ou ansiosa. Eles não sabem o que está acontecendo. Eu tomei essa decisão. Se eu for aos Jogos e estiver na final do ouro, e o bebê me chutar e eu perder o ouro, o que acontece? O que eu esperava? Eu sabia dos riscos.”
“Eu sabia que talvez nem chegasse a esses Jogos se tivesse os mesmos problemas da minha última gravidez. Decidi que quero uma família e uma carreira, quero poder fazer as duas coisas. Se isso não acontecer clinicamente, então não acontece. Tenho o luxo de ir para Los Angeles (2028) e Brisbane (2032). Talvez eu nunca mais tenha a chance de ter um bebê. Não vou me arrepender de um único chute ou de uma única flecha ruim. Vou estar aqui e ser a mãe atleta feliz que sei que mereço ser.” afirmou Jodie Grinham, ao The Athletic
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