Cardeais rezam em preparação para o conclave que elegeu Bento XVI, em 2005 - Foto: Getty Images

Uma nova era para a Igreja Católica terá início nesta quarta-feira, 7, quando começa o conclave para definir o sucessor do papa Francisco, que morreu em 21 de abril. Pela primeira vez, um brasileiro aparece na lista dos favoritos para ocupar o posto de pontífice, segundo o jornal The New York Times e pela agência de notícias Ansa.

Leonardo Ulrich Steiner é natural de Forquilhinha, no interior de Santa Catarina, e foi nomeado arcebispo de Manaus em 2019. Três anos depois, em 2022, o papa Francisco deu o título de cardeal da Amazônia.

Atualmente, a Igreja vive uma divisão entre avanços progressistas, promovidos também pelo papa Francisco, e forças conservadoras que querem restaurar antigas tradições. E isso deve se refletir em como votará cada cardeal, apontam especialistas.

Além disso, rostos novos forçam os cardeais a usar crachás para se reconhecerem, já que Francisco promoveu a cardeais nomes vindos de países até então sem representatividade no Colégio Cardinalício. Com a pluralidade, aumenta a imprevisibilidade da votação.

Confira abaixo alguns dos favoritos:

Pietro Parolin

Italiano e ex-secretário de Estado do Vaticano, Parolin é visto como um nome de centro que poderia unificar liberais e conservadores.

Ainda assim, ele enfrenta resistência entre setores mais à direita da Igreja.

Luis Antonio Tagle

Originário das Filipinas, Tagle representa o rosto progressista e global da Igreja que Francisco promoveu.

Emocional e carismático, ele também já foi alvo de críticas por sua sensibilidade.

Leonardo Ulrich Steiner

Leonardo Steiner – Foto: Divulgação

Natural de Forquilhinha (SC), o brasileiro foi considerado pelo Vaticano o primeiro cardeal da Amazônia.

Steiner tornou-se arcebispo de Manaus em 2019. Três anos depois, Francisco o nomeou cardeal.

Pierbattista Pizzaballa

Italiano e Patriarca de Jerusalém, Pizzaballa carrega uma imagem pastoral que remete ao estilo de Francisco.

Sua nacionalidade agrada setores que desejam trazer o papado de volta à Itália.

Gerhard Ludwig Müller

Alemão e figura central entre conservadores, Müller foi afastado por Francisco do comando da doutrina da fé.

Ele critica abertamente a inclusão de cardeais de regiões com poucos católicos e vê com desdém esforços nacionalistas para um papa italiano.

Fridolin Ambongo Besungu

Da República Democrática do Congo, o representante africano viu sua região experimentar rápido crescimento católico e forte conservadorismo.

Ele é o nome africano mais citado e atrai apoio entre os que rejeitam avanços em temas como inclusão LGBTQIA+.

Jean-Marc Aveline

Francês, o arcebispo de Marselha tem pensamento próximo ao de Francisco.

Progressista e defensor do diálogo com o mundo muçulmano e da acolhida a imigrantes, seria o primeiro papa da França desde o século 14.

*Com informações de Terra