Em uma cerimônia do Grammy há sete anos, Bruno Mars foi atração de um dos números musicais mais celebrados da premiação mais importanre da indústria musical. Não estava cantando suas composições, mas interpretando um medley de canções de Prince, vestido de roxo, numa homenagem marcante ao cantor de “Purple Rain”, que havia morrido no ano anterior.
É difícil imaginar alguém na música pop mais adequado para interpretar este papel. Mais do que uma cópia de Prince, Bruno Mars construiu sua carreira na esteira de astros como ele —e Michael Jackson, para citar os dois maiores—, com uma sonoridade baseada na fatia mais popular dessa música negra americana, trazendo-a para a atualidade.
Com quatro álbuns lançados desde 2010, Bruno Mars é um das estrelas mais bem-sucedidas de sua geração. Só no Spotify, tem mais de dez músicas que ultrapassam a marca do bilhão de reproduções e tantas outras na casa das centenas de milhões. São mais de 100 milhões de ouvintes mensais na plataforma, fora as reproduções nas rádios, os vários Grammy, as canções em trilhas de filmes e por aí vai.
Mas o apelo do cantor no Brasil, onde ele faz nada menos que 14 shows em estádios de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Curitiba e Belo Horizonte a partir de sexta-feira (4), vai além dos números. Ele já tocou no país em outras três ocasiões e fez de tudo para agradar o público brasileiro com seu espetáculo pop para toda a família.
Na primeira, em 2012, passou por Florianópolis, Rio de Janeiro e São Paulo~, como atração do Summer Soul Festival, e deixou claro o apreço pelo país. Vestiu uma camisa da seleção brasileira de futebol no palco e chegou a cantar um trecho em inglês de “Ai, se Eu te Pego”, sucesso de Michel Teló que era febre na época.
Àquela altura, ele já tinha um punhado de hits arrasa-quarteirão —em especial “Just the Way You Are”, “Talking to the Moon” e “The Lazy Song”, de seu primeiro álbum, e “Locked Out of Heaven” e “When I Was Your Man”, do segundo. Isso fora “Billionaire”, hit que é a cara da geração Instagram, em que o eu-lírico sonha dia e noite com uma vida de fama e dinheiro.
Quando voltou, cinco anos depois, o show era ainda mais popular, com as funkeadas “24K” e “Uptown Funk”, além da balada soul “That’s What I Like”, na bagagem. Foi daquela vez, em 2017, que ele conquistou os fãs pela presença de palco, para além de ser uma máquina de hits em estúdio.
Na ocasião, Bruno Mars fez shows que se parecem mais com os que ele faz hoje. O cantor já era acompanhado pela banda Hooligans, composta não só de artistas talentosas em seus instrumentos, mas de gente animada, que interage com a estrela principal, dançam e são parte da atração.
