Foto: Divulgação / Al-Hilal

Sonho do torcedor do Flamengo para a sucessão de Jorge Sampaoli, o português Jorge Jesus se transformou em uma espécie de “desejo impossível de ser realizado” pela diretoria rubro-negra.

Contratado do Al-Hilal desde o meio do ano, o luso recebe na Arábia Saudita o nono maior salário de um treinador no futebol mundial: 10 milhões de euros (R$ 52,6 milhões), mesmo faturamento do italiano Simone Inzaghi, vice da Champions na temporada passada com a Inter de Milão.

A avaliação do comando flamenguista é que, mesmo que Jesus seja demitido nas próximas semanas (hipótese que tem sido ventilada com força na imprensa do Oriente Médio), ele dificilmente aceitará de imediato retornar a um patamar salarial compatível com o Brasil.

Entre 2019 e 2020, na primeira (e até agora única) passagem pelo Flamengo, o treinador português tinha um salário anual entre 3 e 3,5 milhões de euros (até R$ 18,4 milhões), ou seja, recebia cerca de um terço dos seus ganhos atuais.

Tite é o favorito

Apesar de a saída de Sampaoli ainda não ter sido oficializada, é consenso na Gávea que o argentino não será o técnico da equipe na próxima temporada, ainda mais depois da derrota para o São Paulo na final da Copa do Brasil.

O favorito para assumir o cargo é Tite, ex-comandante da seleção brasileira, que está sem trabalhar desde o fim da Copa do Mundo do Qatar-2022, em dezembro passado.

Originalmente, o treinador tinha como objetivo dirigir um time na Europa. No entanto, a falta de convites interessantes no Velho Continente (teve só uma sondagem do Olympiacos) o fez voltar a considerar a possibilidade de continuar com a carreira no futebol nacional.

Os 10 técnicos mais bem pagos do mundo

1 – Diego Simeone (ARG, Atlético de Madri): 34 milhões de euros/ano
2 – Pep Guardiola (ESP, Manchester City): 22,4 milhões de euros/ano
3 – Jürgen Klopp (ALE, Liverpool): 17,8 milhões de euros/ano
4 – Massimiliano Allegri (ITA, Juventus): 12,8 milhões de euros/ano
5 – Mauricio Pochettino (ARG, Chelsea): 12 milhões de euros/ano
Thomas Tuchel (ALE, Bayern de Munique): 12 milhões de euros/ano
7 – Carlo Ancelotti (ITA, Real Madrid): 11 milhões de euros/ano
8 – Erik tem Hag (HOL, Manchester United): 10,2 milhões de euros/ano
9 – Jorge Jesus (POR, Al-Hilal): 10 milhões de euros/ano
Simone Inzaghi (ITA, Inter de Milão): 10 milhões de euros/ano

Qual será o futuro de Jorge Jesus?

Mesmo na vice-liderança do Campeonato Saudita (tem um ponto a menos que o Al-Ittihad), Jesus não vive uma situação confortável no Al-Hilal. O português tem sido muito cobrado por não conseguir fazer o elenco estrelado do clube praticar o futebol vistoso compatível com o investimento de 353,1 milhões de euros (R$ 1,9 bilhão) feito para a chegada de reforços do porte de Neymar, Rúben Neves e Sergej Milinkovic-Savic.

Na semana passada, o técnico chegou a ser vaiado durante o empate por 1 a 1 com o Dhamk, pela liga nacional. A magra vitória por 1 a 0 sobre o Al-Jabalain, da segunda divisão, ontem, pela Copa do Rei, não ajudou a melhorar sua situação.

*Com informações de Uol