
Na quarta-feira (21/05), o Teatro Gebes Medeiros apresenta o documentário ‘DaSilva DaSelva’, em homenagem ao artista plástico Sebastião Corrêa da Silva, dirigido por Anderson Mendes, sobrinho do homenageado.
A estreia do filme será no espaço cultural, localizado na avenida Eduardo Ribeiro, no Centro, zona sul de Manaus. O início da sessão começa às 18h30 e tem entrada gratuita.
Realizado ao longo de um ano de intensa pesquisa, o filme mobilizou arquivos raros, materiais de acervo pessoal, registros em vídeo acumulados ao longo de décadas e depoimentos preciosos — incluindo a voz do próprio artista. Ao reconstruir esse percurso, o documentário se torna também um tributo à floresta, à arte e à força da imaginação amazônica.
Artista da Amazônia
Sebastião Corrêa da Silva, conhecido como “Da Silva DaSelva”, é um artista plástico amazonense de nome fundamental na representatividade da arte amazônica. Ecologista, escultor e autodidata, o artista desenvolveu as próprias técnicas artísticas e possui mais de 600 obras, que vão do desenho científico ao surrealismo. Sua trajetória é resgatada com lirismo, afeto e rigor histórico.
Apaixonado pela Amazônia, percorreu a floresta em expedições artísticas e dedicou sua obra à representação sensível da fauna, flora e imaginário amazônico.
O curta-metragem mergulha no legado de Da Silva DaSelva ao contar a história do artista plástico, que ainda em vida, doou o seu acervo com mais de 500 peças para a Secretaria de Cultura, que hoje são exibidos no Palacete Provincial.
O documentário
A narrativa do documentário ganha corpo com a presença potente do ator Moacy Freitas, que interpreta Da Silva DaSelva em cenas dramatizadas inspiradas nos relatos e escritos do próprio artista. “Foi um desafio e uma honra. Da Silva é um ser que não cabe em molduras. Me emocionei muitas vezes no processo, me conectando com sua visão mágica da Amazônia”, diz Moacy.
A construção visual do filme é outro ponto de destaque. A direção de arte de Keylla Gomes foi essencial para recriar o universo do artista, entre pincéis, penas, pigmentos naturais e referências à floresta. A fotografia, assinada por Alexandre Pinheiro e Marcos Feitoza valoriza texturas, luzes e detalhes que evocam tanto o gesto artesanal quanto o espírito onírico das obras de Da Silva, juntamente com o trabalho de captação de sons da floresta e mixagem que foi capitaneado pelo produtor audiovisual Adailton Santos.
