Cientistas encontram peixes “fofinhos” em abismo do oceano - Foto: Divulgação / MBARI
Pesquisadores revelaram a descoberta de três novas espécies de peixe-caracol nas águas profundas da Baía de Monterey, na Califórnia . Os animais foram filmados e coletados a mais de 4 mil metros de profundidade, exibindo traços únicos que chamaram a atenção da comunidade científica.
Entre os destaques está o peixe-caracol rugoso (Careproctus colliculi), que surpreendeu pela aparência considerada “fofa” e quase amigável, uma raridade quando se trata das bizarras criaturas que habitam o fundo do mar.
O estudo, publicado em 27 de agosto na revista Ichthyology & Herpetology e divulgado pelo portal IFLScience, também identificou o peixe-caracol-escuro (C. yanceyi) e o peixe-caracol elegante (Paraliparis em). As espécies foram localizadas em profundidades que variam de 3.268 a 4.119 metros.
De acordo com a bióloga Mackenzie Gerringer, principal autora da pesquisa, a surpresa maior veio durante a análise de espécimes que pareciam iguais, mas mostraram diferenças radicais.
“Quando observei mais de perto, fiquei impressionada. Não eram variações de idade da mesma espécie, eram animais completamente distintos, tanto morfologicamente quanto geneticamente”, explicou.
A investigação contou com a parceria do Monterey Bay Aquarium Research Institute (MBARI). Embora compartilhem algumas características, como a cabeça grande e o corpo gelatinoso, os peixes exibem grande diversidade. O rugoso se destacou pela coloração rosada, enquanto os outros se assemelham mais às estranhas formas típicas do oceano profundo.
Gerringer também destacou que a cor tem pouca importância em regiões sem luz solar. Nesses ambientes, os peixes dependem de outras habilidades, como a captação de vibrações na água e o uso das nadadeiras peitorais, que possuem 22 raios e funcionam tanto para locomoção quanto para percepção do ambiente.
Hoje, já são conhecidas mais de 400 espécies de peixe-caracol no mundo, muitas adaptadas a condições extremas de pressão e ausência de luz. A descoberta reforça a riqueza ainda pouco explorada desses ecossistemas e a urgência em preservá-los.
“Encontrar duas novas espécies em um único mergulho, em uma das áreas mais estudadas do oceano profundo, mostra o quanto ainda temos para aprender sobre nosso planeta” , concluiu Gerringer.
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