Diretor da CIA, William Burns, em painel sobre a guerra na Ucrânia no Fórum de Segurança de Aspen. (Foto: Divulgação)

A CIA (Agência Central de Inteligência dos EUA) estima que a Rússia tenha perdido aproximadamente 15.000 soldados na guerra contra a Ucrânia. Segundo o diretor da agência, William Burns, o número de feridos é de cerca de 45.000.

“As estimativas mais recentes da comunidade de inteligência dos EUA são algo em torno de 15.000 mortes [nas forças russas] e talvez 3 vezes mais feridos. Portanto, um conjunto bastante significativo de perdas”, disse Burns durante sua participação no Fórum de Segurança de Aspen, no Colorado, na 4ª feira (20.jul.2022).

Também de acordo com o chefe da CIA, as baixas nas forças ucranianas foram “significativas”, apesar de, “provavelmente”, um pouco menores do que entre os russos.

Saúde de Putin

No mesmo evento, quando questionado pelos jornalistas a respeito do estado de saúde do presidente da Rússia, Vladimir Putin, Burns afirmou que o líder russo é saudável.

“Há muitos rumores sobre a saúde do presidente Putin e, até onde podemos dizer, ele está muito saudável”, disse o diretor da CIA, completando se tratar de “uma avaliação informal”.

O diretor da CIA destacou que Putin acredita ter a missão de “restaurar a Rússia como uma grande potência”, e “que ele não poderá fazer isso sem controlar a Ucrânia”.

“Putin acredita mesmo na sua retórica. Eu ouvi ele dizer isso em particular ao longo dos anos, que a Ucrânia não é um país de verdade. (…) Bem, os países de verdade reagem. E foi isso que os ucranianos fizeram.”

Acordo de paz

Em visita ao Irã 3ª feira (19.jul), Putin afirmou que a Ucrânia não tem interesse em cumprir os termos para um acordo de paz.

Representantes dos países se reuniram em 29 de março e concordaram em reduzir ataques em Kiev. No entanto, Putin disse que depois da retirada das tropas russas, as autoridades ucranianas recuaram nos acordos.

Segundo o presidente russo, o resultado das negociações depende “do compromisso das partes em cumprir com os acordos. Podemos ver hoje que as autoridades de Kiev não têm interesse nisso”.

*Com Poder360