Javier Milei repete a narrativa usada por ditadores e representantes da extrema direita contra o jornalismo e os profissionais da imprensa na tentativa de contaminar a opinião pública (Foto: Alejandro Pagni / AFP)

Javier Milei assumiu oficialmente a presidência da Argentina no fim de semana e, durante a segunda-feira, anunciou suas primeiras medidas, entre elas o fim do home office. O que ele já fez na presidência?

Corte de ministérios

A Argentina tinha 18 ministérios e agora terá 9. Por decreto assinado pelo novo presidente, logo após ser empossado no domingo, essas são as pastas do país: Interior, Relações Exteriores e Comércio Internacional, Defesa, Economia, Infraestrutura, Justiça, Segurança, Saúde e Capital Humano.

Lei para irmã

O presidente revogou no domingo uma lei de 2018 que não permitia familiares no governo. Milei fez isso para abrigar a irmã, Karina Milei, como secretária de governo. Pessoa mais próxima do mandatário, Karina será responsável por ajudar na criação de políticas públicas e participar de tarefas cerimoniais e protocolares.

‘Pente-fino’ e fim do home office

Milei exigiu trabalho 100% presencial de funcionários públicos. Além disso, foi anunciado que haverá uma revisão de contratos públicos e de cargos. Segundo o jornal “La Nación”, estima-se que a Argentina tenha ao todo cerca de 711 mil funcionários públicos. A ideia, segundo o porta-voz do governo Manuel Adorni, é acabar com o “emprego militante”, que ele define como funcionários que não trabalham e só estão nos cargos por questões políticas.

Sem publicidade

Outra medida foi o anúncio de suspensão de investimento em publicidade. A propaganda oficial em meios de comunicação da Argentina será suspensa por um ano. O anúncio foi feito nesta terça-feira pelo porta-voz da Casa Rosada, Manuel Adorni.

O que deve vir

O anúncio do ministro da Economia, Luís Caputo, sobre medidas fiscais, estava previsto para esta segunda, mas o evento foi adiado. Entre as possíveis medidas, estão o aumento de taxa de importação de 7% para 30%, a suspensão de obras públicas novas e o congelamento de investimento em províncias.

*Com informações de Uol