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Uma cena incomum foi vista na Neo Química Arena na vitória do Corinthians sobre o Fluminense, neste domingo (28), pela quarta rodada do Campeonato Brasileiro.

Do banco de reservas, Cássio viu a torcida demonstrar apoio antes e depois da partida após o desabafo do goleiro em entrevista logo depois da derrota para o Argentinos Juniors, no meio de semana, pela Conmebol Sul-Americana.

Cássio ouviu gritos de apoio e aplausos quando pisou no gramado para o aquecimento. Após a partida, o goleiro foi ovacionado pelos mais de 41 mil torcedores que assistiram à goleada sobre o Fluminense.

Puta que pariu, é o melhor goleiro do Brasil. Cássio!

O motivo da ida para o banco de reservas foi o momento emocional vivido e exposto pelo goleiro.

Na ocasião, justificando uma possível falha no gol que deu a vitória ao time argentino, o goleiro revelou que buscou ajuda psicológica para suportar a pressão diante dos maus resultados da equipe no início desta temporada. Técnico do Timão, António Oliveira foi perguntado sobre o tema antes do jogo, mas preferiu não se aprofundar sobre o tema:

“Cássio é um assunto nosso. Já bateram tanto nele, acho que chegou um ponto que já chega. Eu acho engraçado que é a vida toda a bater e depois (vocês) têm pena. Devíamos ter um pouco mais de respeito e até termos mais cautela no que perguntamos, temos um impacto na vida das pessoas. Andaram a bater, a bater e agora têm pena? Agora já é tarde. Saúde mental…As pessoas passam o pano, o que querem é notícia. Sobre o Cássio, é assunto nosso e não diz respeito a ninguém”, disse o técnico.

Depois da partida, o treinador voltou a responder sobre o goleiro.

“Eu já tinha falado de saúde mental no jogo contra Atlético-MG, as pessoas devem ter cautela e atenção. As pessoas andam a bater e depois quando as coisas acontecem tem pena. Agora já é tarde. Os mesmos que têm pena são os que carregaram. Sobre Cássio, é uma conversa minha e dele, ninguém tem nada a ver com isso. Minha forma de gerir. Ser treinador não é só 4-4-2, 4-3-3, é muito mais que isso. Isso é 20%, o resto é gerir um grupo de trabalho com 30 egos diferentes. Cássio não é culpado de nada, estamos aqui para ajudar, ele vai voltar forte, temos de olhar sempre para o ser humano”, continuou.

.Segundo Cássio, a saída de outros jogadores experientes no fim do último ano, acabou concentrando a pressão toda sobre ele no clube. “Se eu estiver atrapalhando o Corinthians, se não estiver agradando… Para mim está muito difícil também. Tudo de errado que acontece no Corinthians sobra para mim. O time leva gol e a culpa é do Cássio. Toma um gol de pênalti e a culpa é do Cássio”, desabafou.

“Não é questão de faltar confiança. Eu tomei um gol que era defensável, depois fiz um monte de defesas. Tudo bem, eu entendo. Quando começou o ano, sabia que seria assim, a conta iria sempre sobrar para mim. Se eu tomo gol de pênalti hoje, a falha é minha. Estou indo até em psicólogo, psiquiatra, está f… Difícil, difícil, tenho apanhado que nem um cachorro”, continuou o ídolo do Corinthians.

Com informações do ge