Fotomontagem feita por Guilherme Castro / Jornal da USP com imagens de Flickr e Reprodução do Twitter

Amarildo da Costa de Oliveira, Jefferson da Silva Lima e Oseney da Costa de Oliveira são acusados de matar o indigenista e o jornalista e devem ser ouvidos hoje (8).

Defesa pediu adiamento dos depoimentos

Os advogados alegam que precisavam ouvir os réus por videoconferência reservada.
Amarildo, Jefferson e Oseney da Costa chegaram a aparecer na tela da audiência, mas não foram ouvidos pelo juiz Fabiano Verli, responsável pelas audiências de instrução do caso, nem pelo Ministério Público Federal (MPF-AM).

Na sexta-feira (5), o juiz Fabiano Verli proibiu qualquer monitoramento das conversas entre os advogados e os três presos. Os acusados estão em presídios federais.

Problemas técnicos

Em meio a problemas técnicos e de internet, nove pessoas, entre testemunhas e informantes, foram ouvidas nos primeiros cinco dias de audiência, em abril deste ano.

Na audiência de instrução e julgamento, o objetivo é verificar se as provas testemunhais colhidas durante a fase do inquérito policial são robustas ou não para os acusados irem a júri popular.

Caso Bruno e Dom

• Bruno e Dom desapareceram quando faziam uma expedição para uma investigação na Amazônia, e foram vistos pela última vez no dia 5 de junho de 2022, quando passavam em uma embarcação pela comunidade de São Rafael.

• De São Rafael, seguiriam para Atalaia do Norte. A viagem de 72 quilômetros deveria durar apenas duas horas, mas eles nunca chegaram ao destino.

• As vítimas teriam foram mortas a tiros e os corpos, esquartejados, queimados e enterrados.

• Segundo laudo de peritos da PF, Bruno foi atingido por três disparos, dois no tórax e um na cabeça. Já Dom foi baleado uma vez, no tórax.

• Os restos mortais dos dois foram encontrados em 15 de junho.

Amarildo da Costa Oliveira, o “Pelado”, Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como “Dos santos”, e Jefferson da Silva Lima, conhecido como “Pelado da Dinha”, foram presos suspeitos de cometerem os assassinatos.

Colômbia está preso desde dezembro do ano passado. Ele chegou a ser solto após pagar uma fiança de R$ 15 mil, em outubro. A prisão foi decretada novamente pela Justiça Federal após ele descumprir condições impostas quando obteve liberdade provisória. Colômbia também é investigado por pesca ilegal e tráfico de drogas.

Segundo as investigações, “Colômbia” tinha relação direta com Amarildo. No processo, o Ministério Público Federal denunciou Amarildo, Oseney e Jefferson pelo assassinato das vítimas. De acordo com o superintendente, Colômbia também será indiciado.

Com informações do g1-AM