Foto: Lucas Figueiredo / CBF

Vini Jr. não precisou de mais de um lance para mostrar que a noite era dele. Na primeira vez que foi para cima de Velázquez, aquele que tentou marcá-lo, já chamou a torcida para vibrar com ele. Naquele momento, o torcedor brasileiro ainda não sabia que vibraria como há muito não fazia. A seleção venceu o Paraguai por 4 a 1.

O camisa 7 repetiu o gesto com os braços para a torcida algumas vezes antes de fazer, com os pés, aquilo que é alegria na certa: o gol. Vini Jr. marcou o primeiro em ótima triangulação, depois fez também o terceiro, pressionando Balbuena e retomando a bola com um chute direto para a rede.

Mas Vini Jr. não é só gol. Ele é magia. Magia que sempre demonstrou no Real Madrid, mas que o torcedor brasileiro tanto esperava ver dele com a camisa da seleção. Uma partida para mostrar por que está entre os favoritos ao prêmio de melhor do mundo no ano. Um cartão de visitas de um dono da Bola de Ouro.

O camisa 7 distribuiu dribles, aplicou uma carretilha, deu drible da vaca, chapéu… E ele nem precisou chamar ninguém pra vibrar com esses lances — porque o estádio respondeu imediatamente.

Nem mesmo o jogo duro dos paraguaios e as confusões conseguiram tirar o focado Vini Jr. do eixo. Durante o maior empurra-empurra do jogo, ele saiu do bolo e se dirigiu ao torcedor pedindo incentivo.

Eleito melhor em campo, Vini não queria falar. O telão o flagrou falando para o assessor de imprensa da seleção: ‘não vou falar, não vou falar’. Mas falou:

“Sempre falo que eu nunca jogo por mim, e sim pela minha equipe. Quando jogo pelo Brasil, jogo pelo meu país. Sempre tento fazer as melhores coisas e, hoje, consegui entrar e fazer uma boa partida do nível que eu sou. Fiz para poder colocar o Brasil no lugar que merece. O primeiro passo é ganhar a Copa América” afirmou Vini Jr.

O dia que Vini Jr. fez chover no deserto de Las Vegas terminou com um sorriso no rosto: dele e de todo brasileiro que sonhava em ver a ‘malvadeza’ do Real chegar também à seleção brasileira.

*Com informações de Uol