A transição da vida estudantil para o mercado de trabalho é uma jornada com misto de dúvidas, sonhos e desafios. O Dia do Jovem Aprendiz, lembrado em 24 de abril, celebra essa fase marcante na vida de muita gente, que possibilita a oportunidade do aprendizado prático e as primeiras experiências profissionais.
Foi como começou a carreira de Carla Ramos, 20, atualmente agente de recepção na matriz do Sabin Diagnóstico e Saúde, em Manaus. Ela conta, com um misto de orgulho e felicidade, que entrou na empresa aos 18 anos, como jovem aprendiz, e aproveitou as oportunidades para se qualificar e crescer internamente. Seu setor era o de ‘serviço móvel’, onde auxiliava nos processos de agendamento e conferência de guias.
“Brinco que cheguei ‘crua’ no Sabin. Se eu não tivesse entrado como jovem aprendiz, teria dado trabalho para a minha equipe. Graças a esse período anterior, eu fui muito bem preparada. Aprendi sobre exames, a atender melhor os pacientes, aprendi sobre os convênios e suas particularidades. Aprendi muito sobre informática também. Fazer o curso é uma coisa, mas a prática da informática é outro nível”, comenta.
Durante os dez meses em que ficou como jovem aprendiz, Carla também trabalhou no setor de relacionamentos, dando suporte a ações externas, e na área financeira, onde aprendeu sobre notas fiscais e a metodologia 5S, de gestão empresarial. Enquanto absorvia todo esse conhecimento, surgiu a oportunidade de se candidatar para uma vaga como agente de recepção.
“Eu já tinha certo conhecimento na parte de cadastros de exames (uma das funções de agentes de recepção), porque eu aprendi sobre isso no primeiro setor no qual trabalhei. Fiz a seleção, fiquei ansiosa, com medo de não conseguir competir com os outros candidatos, mas tentei mostrar ao máximo confiança e competência. Então, passei”, lembra.
Hoje, dois anos depois, Carla sente que pôde aprender não somente sobre a rotina do laboratório, mas também como ser uma profissional de destaque. “Eu diria aos jovens aprendizes para serem dispostos. A vergonha e o medo de falar são obstáculos que precisam ser vencidos. Quem não é visto, não é lembrado, e vocês precisam ser lembrados. Sejam a primeira pessoa que alguém vai pensar na hora de dar uma oportunidade”, aconselha.
Talentos
No Brasil, programas de aprendizagem desempenham um papel importante não apenas na inserção desses jovens no mundo profissional, mas também no fortalecimento das empresas que os acolhem.
Para a diretora Administrativa e de Pessoas do Grupo Sabin, Marly Vidal, os programas de aprendizagem são uma forma eficaz de trazer novos talentos para a empresa, ao mesmo tempo em que oferecem oportunidades de desenvolvimento. “Ao investir nesses jovens, as empresas estão não apenas construindo uma força de trabalho preparada para os desafios futuros, mas também capacitando as novas gerações a crescerem e se desenvolverem para os desafios que virão.”
A empresa conta, atualmente, com mais de 180 aprendizes distribuídos em diversos setores da empresa. “A participação desses jovens enriquece a diversidade do nosso ambiente de trabalho, onde valorizamos a soma de conhecimento de várias gerações trabalhando juntas, promovendo um ambiente mais criativo, inovador e consequentemente mais produtivo. Dessa forma, construímos uma base sólida para o crescimento sustentável da empresa”, acrescenta.
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