Horas depois de colocar em dúvida a sua presença, Brie Larson compareceu ao evento de abertura do Festival de Cannes. Uma das estrelas do júri que vai escolher a Palma de Ouro este ano, a atriz havia deixado seu comparecimento em aberto mais cedo, quando foi questionada sobre a polêmica escolha por “Jeanne du Barry”, filme protagonizado por Johnny Depp.
“Você vai ver, se eu o assistir. E não sei como vou me sentir se eu o fizer (assistir ao filme)”, disse Brie, durante a entrevista coletiva dada pelos jurados do festival na manhã de hoje. Questionada sobre a opção de Cannes pelo longa com Depp, a estrela de “Capitã Marvel” saiu pela tangente. “Não entendo muito por que a correlação entre mim e o filme.”
“Jeanne du Barry” é protagonizado pela atriz francesa Maiween e por Johnny Depp que tenta retomar a carreira após o fim da batalha judicial contra sua ex-mulher Amber Heard. Há ainda a polêmica sobre Maiween, que também dirige a história sobre a cortesã que conquistou o coração do rei Luís 15 e é processada por um jornalista francês acusada de tê-lo agredido.
Os olhares estão sobre Brie Larson uma vez que a atriz é uma conhecida integrante do movimento #MeToo, de luta pelos direitos das mulheres em Hollywood. Ainda não está certo quais dos famosos que foram à abertura assistirão de fato ao filme de Depp.
Como “Jeanne du Barry” abre o festival fora de competição, Brie e seus companheiros de júri não seriam obrigados a assistir ao longa. O clima de controvérsia marca a espera da sessão que abre oficialmente o evento e não só Brie como todo o corpo de jurados evitou maiores polêmicas em relação à escolha do longa de Maiween.
Presidido pelo sueco Ruben Ostlund (duas vezes Palma de Ouro, a última em 2022 por “Triângulo da Tristeza”), o júri conta ainda com nomes como a cineasta francesa Julia Ducournau, que ganhou a Palma de Ouro por “Titane”, um filme que desafia os padrões de gênero e a forma como a violência e o corpo feminino são retratados no cinema.
Integram também o júri o ator norte-americano Paul Dano, o ator francês Denis Ménochet, além dos diretores Atiq Rahim e Damián Zifron e da atriz e diretora Rungano Nyoni e da diretora marroquina Maryam Touzani.
Com informações do Uol