De acordo com informações da polícia argentina, o homem preso pelo ataque é brasileiro. Cristina Kirchner é a vice-presidente da Argentina e comandou o país entre 2007 e 2015
Um brasileiro foi preso na noite de hoje (1) na Argentina após tentar disparar com uma arma de fogo contra a vice-presidente do país, Cristina Kirchner, quando ela chegava em casa, no bairro de Recoleta, em Buenos Aires. As informações foram confirmadas pelo ministro da Segurança argentino, Aníbal Fernández.
De acordo com informações da polícia argentina, o homem é Fernando Sabag Montiel, um brasileiro de 35 anos. O acusado tem antecedentes criminais por porte de arma branca. Ainda de acordo com Fernández, o acusado teria tentado disparar contra a vice-presidente usando uma pistola 3.8, mas não conseguiu porque a arma teria falhado.
“Agora a situação tem que ser analisada pelo nosso pessoal da (polícia) Científica para avaliar os vestígios e a capacidade e disposição que essa pessoa tinha”, disse o ministro. De acordo com a polícia argentina, Fernando Sabag Montiel foi transferido para a sede da Polícia Federal em Villa Lugano. Ele trabalha como motorista de aplicativo.
Após a tentativa de assassinato, Cristina conversou por telefone com o presidente da Argentina, Alberto Fernández. Ele está na residência presidencial, em Buenos Aires, reunido com membros do alto escalão do governo. Fernández deve fazer um pronunciamento na TV ainda esta noite.
Cristina Kirchner enfrenta pedido de prisão
No último dia 22 de agosto, o Ministério Público da Argentina, na figura do promotor Diego Luciani, pediu a prisão de Kirchner por associação ilícita agravada e administração fraudulenta agravada na licitação de obras quando governou o país, entre 2007 e 2015. O promotor pediu 12 anos de prisão, inabilitação perpétua para cargos públicos e apreensão da fortuna pessoal no valor de 5,3 bilhões de pesos argentinos — cerca de R$ 200 milhões.
Cristina Kirchner classificou a denúncia como “perseguição política”. Em pronunciamento, ela disse que as acusações de corrupção em concessões de obras públicas como uma manobra para afastá-la da vida pública. “O julgamento começa com essa construção, com essa ficção de rotas desfeitas e inexistentes, de superfaturamento. Não eram acusações, mas um roteiro, e bem ruim, por sinal, além de falso”, disse Cristina. “Nada, absolutamente nada do que disseram foi comprovado”, reforçou.
A residência de Cristina Kirchner se tornou um ponto de encontro de manifestantes que fazem vigílias contra a acusação contra a ex-presidente da Argentina.
Com informações do Correio Braziliense