Mais um vez, a USP lidera entre as universidades da América Latina - Foto: Adriano Vizoni / Folhapress

O Brasil é o país da América Latina com o maior número de graduações avaliadas entre as 50 melhores do mundo em sua área, com 22 cursos. Os resultados são do ranking de universidades QS (Quacquarelli Symonds) World 2024 divulgado nesta quarta-feira (10).

Odontologia é o curso em que o Brasil mais se destaca na avaliação por áreas, com quatro universidades brasileiras conseguindo se classificar entre as 50 melhores. A graduação da USP é a mais bem avaliada, em 13º lugar. Em seguida aparecem os cursos da Unicamp (em 23º lugar), da Unesp (36º) e da UFRJ (50º).

“A proeza do Brasil em odontologia é particularmente excepcional, um assunto no qual o país é um dos principais destinos de estudo do mundo, juntamente com a Austrália, o Reino Unido e os EUA”, disse o vice-presidente sênior da QS, Ben Sowter.

Outra área em que o Brasil mais se destaca é em engenharia de petróleo, com três colocações entre as 50 melhores. O posto mais alto entre as brasileiras é da Unicamp (22º), seguida pela USP (24º) e a UFRJ (42º).

Essa edição do ranking avaliou o desempenho de mais de 16.400 programas universitários, em mais de 1.500 universidades de 96 países do mundo. Os programas foram agrupados em 55 disciplinas (o que no Brasil equivaleria à definição de graduação) em cinco áreas do conhecimento (artes e humanidades, engenharia e tecnologia, ciências da vida, ciências naturais e ciências sociais).

No Brasil, foram avaliadas 309 graduações de 28 universidades. Mais uma vez a USP foi a instituição brasileira com melhor classificação, com 44 cursos entre os 100 melhores do mundo —quase cinco vezes mais do que sua concorrente mais próxima, a Unicamp, que tem 9 cursos no top 100.

Entre os cursos mais bem avaliados da USP, os organizadores do ranking destacaram o avanço do desempenho de três graduações em comparação com o ranking de 2023. A área de Educação subiu 24 posições e passou a ocupar o 73º lugar. Contabilidade subiu 23 posições para o 69º lugar e Química saltou 20 posições para o 70º.

“Sua principal universidade, a USP, fortalece seu domínio na América Latina, destacando-se em ciências naturais e engenharia e tecnologia. Apesar dos obstáculos de financiamento, o desempenho do Brasil na classificação deste ano é uma prova, não apenas de sua resiliência diante da adversidade, mas de sua capacidade de se adaptar, modernizar e progredir”, disse Sowter.

Em medicina, o Brasil tem 19 cursos classificados entre os melhores do mundo. Mais uma vez, é a USP quem tem o melhor desempenho, no 53º lugar, sendo o único curso de medicina no país a ficar entre os 100 melhores.

O ranking global é liderado pelas universidades americanas. A Universidade de Harvard é a instituição com o melhor desempenho, ficando em primeiro lugar em 19 cursos. Ela é seguida pelo MIT, que lidera 11.

O Reino Unido é o segundo com mais instituições no topo, sendo que a Universidade de Oxford lidera em quatro cursos.

Para a classificação, a QS avalia as instituições por meio de oito indicadores: reputação acadêmica, reputação de empregabilidade, proporção de professores por aluno, corpo docente com PhD, rede internacional de pesquisa, citação por artigo, artigos por instituição e alcance na internet.

*Com informações de Folha de São Paulo