
A ANPD (Autoridade Nacional Proteção de Dados) publicou uma medida preventiva nesta terça-feira (2) que exige a suspensão da vigência da nova política de privacidade da Meta.
A mudança na política da gigante das redes sociais permitia que dados de brasileiros fossem usados para treinar a IA (inteligência artificial) da companhia. Em nota, a Meta diz que está “desapontada” com decisão da ANPD
Medida da ANPD define multa diária de R$ 50 mil por dia caso a Meta descumpra a decisão de suspender sua política de privacidade.
Na prática, a nova política da Meta permite que a empresa por meio de seus produtos —que incluem Facebook, Messenger e Instagram— utilize informações publicamente disponíveis e conteúdos compartilhados por usuários para treinamento e aperfeiçoamento de seu sistema de IA generativa.
Meta se diz desapontada com a ANPD e que “nossa abordagem cumpre com as leis de privacidade e regulações do Brasil”. A companhia classifica a medida como “um retrocesso para inovação e a competitividade no desenvolvimento de IA”.
Decisão afetaria pelo menos 100 milhões de pessoas, segundo a ANPD, que é o número de usuários ativos do Facebook. Órgão cita que e medida foi tomada após considerar que “há riscos de dano grave e de difícil reparação aos usuários”.
O principal problema é que a empresa não forneceu informações adequadas e necessárias para que as pessoas tivessem ciência sobre como seus dados seriam usados.
Havia uma opção de opt-out (de solicitar que informações não fossem usadas em treino). No entanto, a autarquia considerou que havia “obstáculos excessivos e não justificados ao acesso às informações e ao exercício desse direito”.
