O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) lançou durante a COP30, em Belém (PA), o Plano Nacional de Arborização Urbana (PlaNAU). A iniciativa inédita busca ampliar a área e o acesso à arborização nas cidades, como estratégia de enfrentamento à mudança do clima e de promoção da justiça climática.
O secretário nacional de Meio Ambiente Urbano, Recursos Hídricos e Qualidade Ambiental do MMA, Adalberto Maluf, enfatizou que a iniciativa representa um passo estratégico para o fortalecimento da gestão ambiental urbana nos municípios brasileiros.
“Essa política pública está entre as mais importantes que precisamos implementar em um contexto de emergência climática, marcado pela intensificação de eventos extremos e pelo agravamento da poluição urbana e dos desastres ambientais. A arborização urbana dialoga com todos esses desafios de forma direta e efetiva”, frisou.
A estratégia aumenta a presença de áreas verdes nas cidades e contribui para melhorar o ambiente urbano, o clima e a qualidade de vida. O PlaNAU também busca reduzir as ilhas de calor e aperfeiçoar a gestão das águas pluviais, tornando as cidades mais sustentáveis e resilientes aos eventos extremos.
Metas de arborização urbana
Entre as principais metas do plano estão elevar de 45,5% para 65% o número de moradores que vivem em áreas com ao menos três árvores no entorno de suas residências; ampliar em 360 mil hectares a cobertura vegetal em regiões urbanas; e garantir que 100% dos estados e municípios disponham de instrumentos de planejamento voltados à arborização urbana até 2045.
As ações estão alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU).
O plano define ainda objetivos de curto, médio e longo prazo e passará por revisões a cada cinco anos. Ao todo, o documento reúne 93 ações com seis estratégias de implementação, elaboradas em diálogo com os municípios.
“Esse é o primeiro instrumento do âmbito federal que atua sobre a política de arborização urbana”, explicou o diretor de Meio Ambiente Urbano da SQA/MMA Maurício Guerra. “Este não é um plano do ministério, mas um plano da sociedade brasileira, construída de forma participativa, com contribuições das academias, dos órgãos públicos e da sociedade civil organizada. Contamos com todos esses atores, de forma cooperativa, para ampliar a capacidade de adaptação do país às mudanças do clima por meio da expansão das áreas verdes”.














