
Após o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela apontar a reeleição do atual presidente, Nicolás Maduro , ao apurar 80% das urnas e a oposição contestar o placar, o Brasil solicitou à missão da ONU e ao Carter Center que verifiquem a contestação do resultado.
A ONU e a Carter Center foram recebidos na condição de observadores na Venezuela.
Segundo a última pesquisa eleitoral, da ORC Consultores, realizada em julho, Maduro não iria se reeleger. Edmundo González aparecia com 59,68% das intenções de voto, enquanto o atual líder venezuelano ocupava o segundo lugar, com 14,64%.
No entanto, após 80% das urnas verificadas, o CNE disse que Maduro saiu vitorioso com 51,2% dos votos, somando 5.150.092. O principal adversário, González, teve 44,2%, totalizando 4.445.978 votos.
No domingo (28), Maduro afirmou que respeitaria o resultado da eleição.
“Vou respeitar o resultado oficial das eleições e o processo eleitoral (…). Há uma constituição, e a lei tem que ser respeitada. Sou Nicolás Maduro, presidente do povo, e reconhecerei a palavra santa do árbitro eleitoral”, declarou o venezuelano.
Maduro ocupa a presidência desde 2013, quando assumiu o cargo após a morte de Hugo Chávez, seu padrinho político. Nos últimos anos, ele perdeu popularidade pela grave crise econômica e social na Venezuela.
Venezuela e o Brasil
Na última semana, a relação entre Venezuela e o Brasil ficou estremecida, após o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, criticar o sistema eleitoral brasileiro durante um discurso público nas prévias das eleições presidenciais.
