Jair Bolsonaro (PL) tentou romper a tornozeleira eletrônica que usava, segundo a decisão assinada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes que prendeu o ex-presidente na manhã de hoje.
Ministro escreveu que Bolsonaro teria tentado fugir. “A informação constata a intenção do condenado de romper a tornozeleira eletrônica para garantir êxito em sua fuga, facilitada pela confusão causada pela manifestação convocada por seu filho”, diz o documento.
Suprema Corte foi comunicada de uma ocorrência de violação de equipamento eletrônico. “O Centro de Integração de Monitoração Integrada do Distrito Federal comunicou a esta Suprema Corte a ocorrência de violação do equipamento de monitoramento eletrônico do réu Jair Messias Bolsonaro, às 0h08min do dia 22/11/2025”, aponta o documento.
Moraes havia determinado o dia 17 de julho a imposição de medidas como o uso da tornozeleira eletrônica a Bolsonaro. Na decisão, o ministro lembra que determinou a “proibição de ausentar-se da comarca com uso de tornozeleira eletrônica e recolhimento domiciliar no período noturno, a partir das 19h até as 6h de segunda a sexta-feiras e integral nos fins de semana, feriados e dias de folga”.
Ministro também proibiu ex-presidente de se aproximar de sedes de embaixadas e consulados. Além disso, havia proibição de Bolsonaro manter contatos com embaixadores ou qualquer autoridade estrangeira e com os demais réus da ação pela trama golpista. Bolsonaro estava proibido de utilizar redes sociais diretamente ou por intermédio de terceiros.
Como ocorreu a prisão
Agentes estiveram hoje cedo na casa de Bolsonaro em Brasília. A prisão é preventiva e foi solicitada pela PF, sendo atendida e ordenada pelo ministro do STF. Moraes determinou que a prisão não expusesse Bolsonaro e mandou que não utilizasse algemas no ex-presidente.
Motivo da prisão, segundo investigadores, foi chamamento para vigílias feito pelo filho do ex-presidente Flávio Bolsonaro (PL-RJ). A PF entende que a ação causaria aglomerações em frente à casa do ex-presidente, o que geraria risco para ele e para terceiros. Citando textos bíblicos, ele pediu uma mobilização permanente pela liberdade pai. A decisão do ministro cita “garantia da ordem pública com risco de aglomeração e para o próprio preso”.
Moraes considerou que vigília repetiria estratégia da trama golpista. Decisão relembra vigílias em quartéis e ressalta o risco que uma aglomeração poderia causar, dificultando uma eventual ordem de prisão e até mesmo possibilitando uma possível fuga do ex-presidente.
Uma das hipóteses levantadas é de que o ex-presidente tentaria fugir durante a confusão causada pela manifestação convocada por Flávio: “com efeitos, desdobramentos e consequências imprevisíveis”, diz um trecho.
A ordem foi cumprida no início da manha deste sábado. Bolsonaro foi conduzido à Superintendência da Polícia Federal em Brasília, onde passou por exames. A prisão preventiva não tem prazo para terminar e quem determina é o juiz, no caso, o ministro Alexandre de Moraes.
Defesa do ex-presidente tem até a segunda-feira para questionar a condenação no STF. O prazo para entrega dos segundos embargos acaba às 23h59 do dia 24.
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