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Por decisão judicial, a abertura das comportas da Usina Hidrelétrica de Balbina, no município de Presidente Figueiredo está suspensa, até que seja apresentado um plano de impacto ambiental, ao patrimônio Público e social. A determinação foi assinada sábado (9), pela desembargadora Maria do Perpétuo Socorro Guedes.

Atualmente, o reservatório da hidrelétrica está muito próximo ao limite de segurança operacional e é necessária a abertura das comportas para transbordar o excesso de água – faltam 26 centímetros para atingir a cota máxima de 51 metros. Como será realizada a abertura das comportas está em discussão pela Eletronorte, Prefeitura de Presidente Figueiredo, Defesa Civil e Corpo de Bombeiros.

“A despeito das programações hidrológicas anuais de seus técnicos, tal previsão vai de encontro aos efeitos naturais dos rios amazônicos, leia-se a cheia do Rio Uatumã, fato agravado pelas elevadas chuvas na cabeceira do mencionado Rio”, diz a decisão judicial.

A não abertura das comportas comprometeria a operação da hidrelétrica e da barragem. E, no caso do transbordo do excesso de água, colcam-se em risco o nível de água do rio Uatumã e a vida das pessoas que moram abaixo da barragem, com alagamentos de ramais, prédios públicos, como escolas e postos de saúde, comunidades e propriedades próximas.

De acordo com a decisão judicial, mais de 1,3 mil pessoas “residem ao longo de mais de oito comunidades na jusante do Rio Uatumã”.

Leia a decisão judicial na íntegra: doc_31128633

Em relação a um possível rompimento da barragem, uma postagem de sexta-feira (8) do Portal Balbina News, no Facebook, diz que “A empresa Amazonas Energia informa que a barragem não corre o risco de romper, está tudo normal de acordo com o que foi informado aos residentes da localidade”.

*Com Portal do Marcos Santos