Foto: Davide Silva

Em Sessão Ordinária da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), da terça-feira (27/02), o deputado estadual Wilker Barreto (Cidadania) voltou a cobrar soluções da Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar (Seduc) sobre o atraso no pagamento de salários de aproximadamente 900 auxiliares de serviços gerais terceirizados que atuam na rede pública estadual de ensino. O parlamentar, que já havia repercutido na tribuna a triste realidade dos profissionais na última semana, tenta buscar soluções junto à pasta no intuito de regularizar os vencimentos e benefícios dos funcionários contratados da Porto Serviços Profissionais, Construções e Manutenção LTDA, que presta o serviço de limpeza nas escolas do Estado.

Diante de um grupo de profissionais que ocuparam a galeria da Casa Legislativa, Wilker reiterou que a falta de repasse do Governo à empresa vem impactando na rotina dos funcionários, que alegam estarem há quase quatro meses sem receber salários e outros benefícios como vale-transporte e vale-alimentação.

“Infelizmente, a presença de vocês aqui novamente é a certeza de que a empresa não pagou os seus profissionais. Como é que o Governo contrata e não paga? Estamos falando de uma empresa que cobre 297 escolas de toda a rede, se eles estão aqui cobrando os seus direitos, quem é que está limpando as escolas? Temos que colocar a empresa e o Governo à mesa, pois essa corda está arrebentando nas costas do mais humilde”, ponderou Barreto.

De acordo com o Portal da Transparência, a empresa Porto Seguros possuía dois contratos celebrados com a Seduc para os serviços de limpeza e conservação de 297 escolas. No entanto, ambos expiraram a vigência em 18 de agosto de 2023.

Para a auxiliar de serviços gerais, Suane Beltrão, a falta de salários vem impondo grandes dificuldades no dia a dia dos trabalhadores. “A nossa realidade hoje é essa, luz sendo cortada, sem gás, pais com filho doente sem poder comprar o remédio, sem auxílio algum. Queremos realmente uma posição dessa empresa, do governador. A gente não pode mais viver assim, já é ruim ficar um mês sem receber, imagina três, quatro meses sem receber, cinco meses sem alimentação. Não somos melhores que ninguém, mas se a gente trabalhou, é nosso direito receber”, explana a auxiliar de serviços gerais.

Após cobrar soluções, Wilker usou a tribuna para anunciar que, em conversa com a liderança do Governo na Assembleia Legislativa, a Seduc está aguardando a documento da empresa Porto para regularizar os pagamentos.

“Falei com a liderança do Governo, que me reportou que a Seduc está esperando a apresentação dos documentos da empresa para providenciar os devidos pagamentos. Mesmo assim, irei insistir na possibilidade da reunião com a secretária de Educação. Irei manter vocês informados, pois isso é desumano, famílias sofrendo porque pais e mães trabalharam e não receberam”, finalizou Wilker.