Foto: Assessoria de Comunicação

Diversos segmentos sociais participaram da Audiência Pública, promovida pelo deputado Comandante Dan (Podemos), no plenário da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), que teve como objetivo traçar um cenário da vazante e da ausência de trafegabilidade segura da BR-319 à população do Amazonas.

Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Fecomércio, Polícia Rodoviária Federal (PRF), Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Defensoria Pública, Defesa Civil e Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea) compuseram a mesa dos trabalhos.

Na plateia, instituições representativas de classe, empresários, profissionais autônomos e cidadãos impactados diretamente pela crise climática e a inoperância da rodovia Manaus-Porto Velho.

“Essa diversidade de públicos, com uma frequência bastante expressiva, mostra a abrangência da ausência da BR-319 num momento tão grave. Não chamamos ninguém para discutir a crise climática, mas sim a rodovia no contexto da tragédia. Infelizmente, a Superintendência regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, o DNIT, sequer enviou representante, mesmo que sejam o órgão na estrutura federal mais diretamente ligado à questão”, declarou o deputado Dan.

Entre os muitos pronunciamentos da Audiência Pública, o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Amazonas (Fecomércio-AM), Aderson Frota, falou dos desafios enfrentados, pois 83% do comércio de Manaus precisa da cabotagem (transporte entre portos de um mesmo país, que ocorre no mar, em rios ou lagos ), o que no momento não é possível. Ele afirmou, ainda, que os preços dos fretes subiram exorbitantemente, enquanto o tempo de deslocamento das cargas saltou de 30/60 para 120 dias.

A presidente da Feira do Produtor, Renata Santos, abordou a dependência do transporte que Manaus tem para se abastecer de grande parte dos gêneros alimentícios consumidos na capital e Região Metropolitana.

Na opinião dela, Manaus está à beira de um caos e os navios vindos de Belém já estão parando. Ela lembrou ainda que a estiagem comprometeu a produção rural do interior amazonense.

Em sua última fala, Comandante Dan falou da BR-319 como um possível vetor de fiscalização ambiental e de ação preventiva às queimadas criminosas.

“Do jeito que está a BR até a preservação do meio ambiente é impossível de fazer. Não existe meio de fiscalização pela rodovia. O combate aos incêndios também padece do mesmo problema, já que as viaturas especializadas não conseguem se deslocar nas condições atuais da via”, constatou.

Neste sábado (28/9), Dan realizará um ato público, o “Brado de Cidadania” pela reconstrução da ponte do rio Curuçá, às 10h, nas ruínas da ponte (BR-319, KM 25), que no dia 28 completa dois anos de desabamento sem solução.