Integrante do Hamas ao sul de Gaza (Foto: Bashar Taleb / AFP)

O Ministério do Interior do governo do Hamas em Gaza disse neste domingo (16), que um ataque aéreo israelense matou três policiais no território palestino do sul, um dia depois da sexta troca de reféns por prisioneiros em meio à trégua na guerra. O movimento extremista cobrou, da comunidade internacional, que faça cumprir o acordo com Israel que entrou em vigor em 19 de janeiro.

A pasta ligada ao Hamas relatou inicialmente que dois policiais haviam sido mortos e um terceiro ficara gravemente ferido no ataque enquanto estavam posicionados na área de Al-Shouka, a leste de Rafah, para garantir a entrega de ajuda humanitária na região. O terceiro policial sucumbiu aos ferimentos, atualizou o ministério em novo comunicado.

O Exército israelense havia dito anteriormente ter realizado um ataque aéreo que atingiu “vários indivíduos armados” no sul da Faixa de Gaza. Segundo as autoridades do país, esses indivíduos estavam indo “em direção às tropas israelenses”.

Um correspondente da AFP na área viu uma ambulância chegar ao local do ataque e serviços de emergência transportarem pessoas para o hospital europeu de Khan Younis.

Na quarta-feira, o Exército já havia relatado a realização de um ataque aéreo na Faixa de Gaza, dizendo que desta vez teve como alvo duas pessoas que tentavam recuperar um drone no local.

Não houve nenhuma declaração oficial confirmando se o ataque aéreo de quarta-feira foi o primeiro realizado pelo Exército em Gaza desde que o cessar-fogo entrou em vigor, após 15 meses de guerra.

Desde 19 de janeiro, houve seis trocas de reféns israelenses mantidos em Gaza por prisioneiros palestinos mantidos por Israel. Mas o cessar-fogo quase fracassou na semana passada, com Israel e Hamas acusando um ao outro de não cumprir o acordo.

O movimento extremista critica Israel por não permitir a entrada na Faixa de Gaza de construções pré-fabricadas ou equipamentos para limpeza dos escombros, conforme prevê, segundo o Hamas, o protocolo humanitário estabelecido entre as duas partes.

“Isso equivale a uma declaração explícita do fracasso do acordo, enquanto a resistência [como se definem Hamas e outros movimentos na Faixa de Gaza] afirmou que respeitará seus compromissos enquanto os ocupantes [do território] fizerem o mesmo”, disse Salama Marouf, diretor dos serviços de imprensa do governo do Hamas em Gaza, no domingo.

Com informações de O Globo