A sobrecarga de trabalho que os pastores enfrentam pode levá-los ao esgotamento, depressão e suicídio. Diante disto, a Casa Publicadora das Assembleias de Deus, através da TV, falou sobre os projetos da denominação em buscar formas de previnir o suicídio de líderes.
O programa foi criado após uma série de casos de pastores que tiraram suas próprias vidas. No ano de 2018, por exemplo, foram registrados cerca de 12 suicídios de pastores. Os casos de lideranças com problemas emocionais despertou o interesse da Assembleia de Deus, a maior denominação evangélica do país.
Por isso, foi criado um projeto para cuidar da saúde mental de quem está na frente das igrejas. O psicólogo e dirigente da Assembleia de Deus em Ilhéus (BA), pastor Israel Alves Ferreira, faz parte deste projeto. “O suicídio do pastor passou a ser uma coisa real. A renúncia, a desistência, angústia, tristeza, e isso é uma coisa que nos preocupa demais”, disse Israel no programa.
Ainda segundo ele, não deveria nunca um pastor tirar a sua própria vida. O programa da Assembleia de Deus visa tratar as possíveis causas que levam ao suicídio de maneira geral, a todas as pessoas do meio cristã.
Suicídio e esgotamento
“Pastores sofrem de burnout, que é o esgotamento total, profissional, pastoral, espiritual. Esgotamento em tudo”, explica o pastor Israel. O religioso usa as falas das mulheres de pastores para mostrar o quanto esse grupo está vulnerável aos problemas de saúde mental.
“Esposas de pastores dizem que o maior perigo que eles e sua família sofrem é o desgaste físico, mental e espiritual. Mas eu posso assegurar que é muito mais o mental, que gera os outros”, revelou. De fato, a saúde mental precisa de muita atenção e a prevenção ao suicídio passa pelas questões de evitar e tratar desses problemas.
Líderes religiosos são suscetíveis à depressão, ansiedade e burnout. Outro grande problema que prejudica essas pessoas é a solidão do ministério, que pode desencadear o comportamento suicida.
*Com informações de Todo Cristão