Obra do artista amazonense Márius Bell, em acrílico sobre tela (Foto: MI Moda Indígena)
O estande com obras de artistas amazonenses está chamando a atenção dos visitantes de todo o mundo, nesta temporada no museu parisiense mais famoso. A exposição foi aberta nesta sexta-feira (17) e encerra hoje (19), com nove quadros de artistas amazonenses no estande organizado pela MI Moda Indígena, no Museu do Louvre, em Paris.
Segundo a artista visual, Rebeca Ferreira Munduruku, administradora do MI, a espaço foi financiado pelos próprios artistas. “No caso, a gente passou por uma curadoria do ‘Art Shopping’, que tem todo um processo seletivo, por esse motivo o ambiente foi cadastrada para a MI Moda Indígena”, mas as obras são de vários artistas, informou. “O foco é o nosso projeto Arte com Toque, que é o projeto contemplado pelo Programa Nacional Aldir Blanc (PNAB)”, mas somente para atuação nacional, e não para exposições em outros países. Por isso tivemos que ser criativos também na hora de patrocinar nosso espaço no Louvre. Não podíamos perder essa oportunidade incrível”, explica.
As obras dos três artistas com deficiência visual presentes são: o “Caboclo Ribeirinho”, acrílico sobre tela e foi uma obra pintada pela professora Carla Oliveira, que tem deficiência visual total. “O sentimento é de gratidão porque esse projeto trouxe para minha vida, uma pessoa com deficiência visual, uma nova habilidade que possibilitou fazer essa obra”, ela destaca a orientação e confiança passada pela professora Seane Oliveira que me possibilitou estar hoje expondo em Paris, no grande Louvre.
A outra obra é de Suzete Mourão, que se chama “Os Tucanos”, de 65cmx85cm, em acrílico sobre tela, e ela é uma deficiente visual com baixa visão, há dois anos participa do projeto: “Eu jamais imaginei que estaria aqui num museu renomado, pra mim é fora do comum, até me arrepia de emoção”, revela.
E o terceiro artista do Arte Com Toque é o Leonardo Pimentel, e a obra dele se chama “Arara Vermelha”, 62cmx80cm, em acrílico sobre tela, também é deficiente visual total. “É uma honra e um prazer conhecer o Louvre, e poder expor, representar a arte da Amazônia”, contou Pimentel.
Os outros seis artistas convidados foram Márius Bell, que tem como obra bandeira do Brasil indígena, 50cmx 70cm, em acrílico sobre tela. Outro artista que participa da exposição é indígena paraense, o cacique Gilson Tupinambá com a obra “Saga dos Povos Indígenas da Amazônia”, 77cm x 1,15cm, em acrílico sobre tela.
Rebecca, ressalta as obras das mulheres do coletivo MI Moda Indígena. Começando com o “Autorretrato Munduruku”, 59cm x 83xm, em acrílico sobre tela, de sua autoria. Tem a tela da Seany Artes, “O Olhar da Mulher Indígena”, 64cm x 91cm, em acrílico sobre tela. A obra da cacique Sandra Munduruku, intitulada “Aldeia Terra Preta”, 71cm x 80cm, em acrílico sobre tela. E a obra de Elisângela Apurinã, com o título “Povo Apurinã no Rio Purus”, 74cm x 93cm, um acrílico sobre juta.
Galeria Louvre
Essa exposição fica dentro do Museu do Louvre, numa das galerias, chamada Carrossel do Louvre, uma área que tem uma parte comercial, mas tem a parte de galerias, também de exposição. A exposição vai ficar até o domingo (19). As obras têm valor de comercialização entre 200 euros e 1000 euros.
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