
A primeira-dama Rosângela Lula da Silva, a Janja, foi escolhida como enviada especial para temas relacionados às mulheres na COP30, a conferência do clima da Organização das Nações Unidas (ONU), marcada para novembro, em Belém.
O anúncio, feito pelos organizadores do evento deu à socióloga um posto de destaque nas discussões internacionais.
A nomeação para a COP30, onde atuará de forma voluntária e em caráter pessoal, coloca Janja, mais uma vez, em uma vitrine global. Ela será um dos 20 enviados setoriais escolhidos para facilitar o diálogo entre a presidência da conferência e diferentes segmentos da sociedade civil. Na prática, a função exige capacidade de articulação e escuta qualificada.
De acordo com a organização do evento, ao todo, serão 10 enviados para regiões estratégicas, com atuação geral nas regiões que representam, e 20 enviados para setores-chave. “Os enviados serão alguns dos interlocutores para o fluxo de informações e percepções das áreas que representam, o que permitirá que as interações ocorram de forma mais rápida e eficaz”, destacou o comunicado.
“Também serão canais diretos para apresentar demandas e pedidos para a Presidência da COP30, atuando como pontos de contato com setores e regiões”, acrescentou. O anúncio dos enviados especiais ainda ressaltou que Janja “tem se destacado na proteção de crianças e adolescentes, na defesa dos direitos das mulheres e na promoção da equidade de gênero”.
Além de Janja, outros nomes proeminentes integram a lista de enviados especiais, como a ex-primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, que ficará responsável por temas ligados à Oceania; a CEO da Fundação Europeia do Clima (ECF), Laurence Tubiana, que intermediará os diálogos sobre a Europa; a surfista Maya Gabeira, que vai representar os assuntos ligados ao esporte; o empreendedor e ativista Philip Yang, interlocutor de soluções urbanas; e o coordenador do Fórum de Mudança do Clima, Sérgio Xavier, que tratará sobre as iniciativas da organização.
Apesar do protagonismo dos enviados especiais, o comando da conferência é de responsabilidade do governo federal, sob orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Integrantes do Executivo, como a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e outros secretários e diretores da pasta, como o embaixador André Corrêa do Lago, secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores; e a ex-secretária nacional de Mudanças do Clima, Ana Toni, atual presidente executiva da COP30, são alguns dos nomes ligados à organização do evento.
