O fenômeno El Niño, segundo os meteorologistas, voltou trazendo um superaquecimento à região, que tem sentido duramente as consequências da elevação da temperatura. O verão amazônico acontece entre os meses de junho e novembro, sendo que setembro é conhecido, tradicionalmente, como o mês de maior calor.
Mas agosto surpreendeu. Nesta última segunda-feira (7), às 21h47, foi registrado o maior pico de consumo em Manaus em 2023: 1.564,0 MW. Mesmo com a alta demanda, não houve interrupção do serviço de fornecimento de energia elétrica.
A Amazonas Energia preparou-se para o crescimento da demanda, com obras de melhorias e de reforço na rede de distribuição, além de 04 (quatro) novas subestações, 02 (duas) entregues no mês de junho/23 (Parintins e Itacoatiara) e mais 02 (duas) que serão entregues em setembro/23 (João Paulo e Distrito III), garantindo maior reforço na distribuição da energia e na qualidade do fornecimento.
Além disso, intensificou as ações de manutenções preditivas e preventivas, como as inspeções termográficas. “Colocamos mais equipes nas ruas para verificar, com o uso de aparelhos de Termovisão, visando verificar o bom estado das redes de energia elétrica, conectores e transformadores e, em caso de detecção de alguma anomalia, fazer a intervenção emergencial programada.”, explicou Raimundo Nascimento Júnior, Gerente de Operação da Amazonas Energia.
A concessionária também investiu no monitoramento do principal ativo elétrico de um sistema de distribuição, o transformador de potência, monitorando grandezas elétricas em tempo real de todos os transformadores de 138 kV, garantindo a segurança necessária para detecção preditiva de eventuais anomalias nesse equipamento.
O atendimento emergencial, que funciona 24 horas no atendimento de demandas, está sendo reforçado com o incremento de mais cinco novas equipes para auxiliar na recepção de solicitações de serviços da população manauara com o respectivo encaminhamento para as equipes de campo.
Energia Suficiente
Em média, durante o inverno, o consumo de Manaus, cidade com população estimada de mais de 2 milhões de habitantes, é de 1.100 MW ao dia. Durante o verão amazônico, essa demanda pode chegar próximo de 1.600 MW. Em 2022, a Amazonas Energia registrou, na capital, pico de 1.588 MW na noite do dia 28 de setembro daquele ano.
Mesmo com a possibilidade do calor ser ainda maior em setembro de 2023, a concessionária não teme o desabastecimento por causa do amplo investimento nas melhorias do sistema, assim como conta com o suporte nacional para equalizar a questão. “Hoje, a Amazonas Energia não tem problema de geração de energia por causa da interligação ao SIN (Sistema Interligado Nacional). Se aumenta o consumo, importamos a energia do SIN”, explica Raimundo Júnior.
De acordo com ele, a situação era bem diferente na década de 90, anos 2000, quando os apagões, o racionamento, eram frequentes por insuficiência de geração. “Temos, também, outras empresas que injetam energia na nossa malha. A população de Manaus pode ficar tranquila quanto a isso”, afirmou Raimundo Júnior.
O planejamento da empresa para oferecer energia de qualidade e a qualquer tempo leva em consideração estudos de projeção de mercado, observando-se as sazonalidades climáticas, crescimento econômico, número de cliente etc. Anualmente, a empresa registra taxa de 4% de incremento na carteira de clientes.
As seringueiras da Amazônia voltaram a mobilizar a sociobioeconomia, garantindo renda e mudando a realidade de centenas de famílias que atuam na cadeia produtiva...