O deputado estadual Álvaro Campelo (Progressistas) afirmou na Assembleia Legislativa (ALE-AM) que vai apresentar ao Governo do Estado um projeto de prevenção de desastres naturais causados por fenômenos meteorológicos.
Conforme disse, o objetivo é prevenir a população e minimizar perdas econômicas.
A proposta está condensada no Projeto de Monitoramento por Calhas.
Segundo o deputado, a ideia lhe foi apresentada pela presidente do núcleo regional do Amazonas da Sociedade Brasileira de Meteorologia (SBMET), Patrícia Guimarães.
Ela é resultado de audiência pública que Campelo realizou na ALE.
Patrícia, mestre e doutora na área, disse que é importante a presença do profissional de meteorologia no interior do estado. Ele pode alertar sobre os eventos adversos de tempo que não chegam ao conhecimento do poder público, segundo ela. Além disso, esse profissional pode monitorar os eventos climáticos graduais. Por exemplo, o fenômeno La Niña, que causa aumento de chuvas na região e consequente elevação da cota dos rios.
“A proposta se baseia justamente em utilizar o que já se tem disponível, que são os radares meteorológicos espalhados no Amazonas. Eles podem realizar uma previsão de curtíssimo prazo, prevendo com antecedência, eventos severos”.
Durante a audiência, uma carta compromisso foi assinada pelos presentes para inserir o profissional do setor nos governos estadual e municipais. A base é a Lei 6.835, de 14 de outubro de 1980.
Participam desse compromisso representantes da Defesa Civil; Superintendência Estadual de Navegação, Portos e Hidrovias (SNPH); secretarias do governo (Sedecti, Seinfra, Sema, Sepror, SSP); Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit); Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-AM); Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM); e Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável (Idam).
Prejuízos
Em 2020, o Amazonas teve prejuízo de R$ 329,5 milhões causado por desastres naturais. Tal valor consta do estudo “Danos prejuízos causados por outros desastres durante a pandemia em 2020”, da Confederação Nacional de Municípios (CNM).
A pesquisa mostra o impacto financeiro de fenômenos como inundações, alagamentos, deslizamentos, secas e incêndios florestais registrados durante a pandemia de covid-19 (coronavírus).
O mapeamento mostra ainda os malefícios humanos, materiais e ambientais dos desastres naturais, potencializados pela ação humana.
*Com informações da assessoria
