Ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres tem liberdade decretada por Alexandre de Moraes (Foto: Minervino Júnior / CB / D.A Press)

Ex-secretário de Segurança do Distrito Federal usará tornozeleira eletrônica e deve ficar em recolhimento domiciliar no período noturno

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou na tarde de hoje (11), a soltura do ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres. As informações são da âncora da CNN Daniela Lima.

Segundo a decisão, no atual momento a manutenção da prisão não se revela mais proporcional, podendo ser “eficazmente” substituída por medidas alternativas. Ele não poderá sair do Distrito Federal; deverá ficar em recolhimento domiciliar no período noturno e sempre nos finais de semana; e deverá fazer uso de tornozeleira eletrônica.

Torres está afastado do cargo de delegado da Polícia Federal (PF) até que o STF delibere sobre o assunto. Ele deverá se apresentar em juízo todas as semanas sempre na segunda-feira.

Como está proibido de sair do país, deve entregar seu passaporte, que está cancelado. Também houve a suspensão de seu porte de arma de fogo e a proibição do uso de redes sociais e de se comunicar com os demais envolvidos no caso.

Prisão

Anderson Torres foi preso no dia 14 de janeiro após desembarcar no aeroporto de Brasília. Ele teve um mandado de prisão expedido por Moraes no dia 10 de janeiro –dois dias após os ataques criminosos contra as sedes dos Três Poderes em Brasília. Na ocasião, ele estava nos Estados Unidos.

Torres ocupava o cargo de secretário de Segurança Pública do Distrito Federal no dia dos atos criminosos. Ele foi acusado de ser conivente e omisso na situação, não preparando um esquema capaz de proteger os Poderes contra os ataques, mesmo com a informação de que eles poderiam ocorrer.

“As omissões do Secretário de Segurança Pública e do Comandante Geral da Polícia Militar, detalhadamente narradas na representação da autoridade policial, verificadas, notadamente no que diz respeito à falta da devida preparação para os atos criminosos e terroristas anunciados, revelam a necessidade de garantia da ordem pública”, afirma Moraes na decisão que determinou a prisão de Torres.

Com informações da CNN Brasil