Mosquito Aedes aegypti que transmite dengue - Foto: Istock

As condições climáticas e socioeconômicas são consideradas as principais causas para o surto de dengue que atinge países da América Latina, ciclicamente em cada três a cinco anos. Atualmente, o Brasil vive o pior momento da doença.

Nesta terça-feira, 5, o estado de São Paulo decretou emergência por causa da doença, que já matou 31 pessoas apenas neste ano. No mesmo período, foram confirmadas 214 mortes pela doença, e outros 687 óbitos são suspeitos de relação com a dengue. A taxa de incidência já chega a 501 casos por 100 mil habitantes.

Segundo informações da Folha de S.Paulo, em toda a América Latina triplicou o total de casos suspeitos da dengue, saltando de 440 mil para mais de 1,4 milhão nas primeiras sete semanas de 2024, em comparação com o mesmo período do ano passado. Paraguai e Argentina são os vizinhos que mais preocupam, mas Peru e Colômbia também registraram alta nos últimos dias, assim como o Uruguai.

Em comunicado oficial emitido pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) em 16 de fevereiro, as Américas tiveram o maior número de casos de dengue desde o início dos registros em 2023, com 4,5 milhões de casos e 2,3 mil mortes. A alta transmissão persistiu em 2024, com 673.267 casos (quase 85% no Cone Sul) e 102 mortes registradas até o início de fevereiro.

O clima úmido, chuvas recorrentes potencializadas pelo El Niño e aquecimento global, aliados às más condições de moradia e falta de coleta de lixo, favorecem a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus da dengue. A negligência quanto aos cuidados também influencia na proliferação dos mosquitos.

Embora o hemisfério sul seja o mais afetado no primeiro semestre, já se registra um aumento das transmissões também na América Central e no Caribe.

*Com informações de Terra