O saneamento básico é destaque em debates sobre a sustentabilidade e a proteção do meio ambiente na Amazônia frente às mudanças climáticas. Em Manaus, o tema envolve o plano de universalização de esgotamento sanitário e as ações que evitaram o desabastecimento de água durante a estiagem histórica de 2024. Nos últimos dias, esses tópicos foram abordados em palestras da Águas de Manaus, em eventos da Agência Reguladora dos Serviços Públicos Delegados do Município (Ageman) e do Tribunal de Contas do Estado (TCE-AM).
Nesta quinta-feira (05), a concessionária participou do 1º Seminário de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Município de Manaus, evento que marca os sete anos da Ageman. No encontro, que teve como tema “Conquistas, Desafios e Caminhos para o Futuro”, a Águas de Manaus destacou a operação realizada durante a seca do Rio Negro.
Em 2024, o rio chegou à cota de 12,11 metros, a menor em 120 anos de medição. Meses antes, a concessionária já havia iniciado um trabalho considerando as particularidades do rio, com a aquisição e instalação de bombas anfíbias, que são equipamentos com capacidade de operar em pontos mais profundos do que as bombas convencionais. Além da instalação das bombas anfíbias, as equipes da concessionária também rebaixaram todas as 14 bombas verticais que já integram o sistema durante todo o ano.
No evento da Ageman, o diretor-presidente da concessionária, Pedro Augusto Freitas, pontuou que o trabalho executado em 2024 foi uma sequência do realizado na estiagem do ano passado. As ações são reflexo da preocupação da concessionária em entender como as mudanças climáticas afetam Manaus.
Freitas também ministrou palestra sobre o tema no evento de encerramento do ano letivo da Escola de Contas Públicas (ECP) do Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM), em fala mediada pelo coordenador da ECP, conselheiro Júlio Pinheiro. A programação teve, ainda, palestras que abordaram o papel dos tribunais de Contas no controle e na proteção ambiental, e o monitoramento ambiental da qualidade das águas, ar e solo do Amazonas.
Outro tópico apresentado pelo gestor nas palestras do TCE e da Ageman foi o programa Trata Bem Manaus, que estabelece um plano para a universalização do esgotamento sanitário na cidade a partir da implementação de microbacias. Estudos apontaram que essa é a solução mais eficaz para a expansão dos serviços de coleta e tratamento de esgoto na cidade, com obras de menor porte e que causam menos impacto no dia a dia da população.
“A atuação conjunta com o poder público e com a população são fundamentais para que possamos colocar em prática esses projetos. Saneamento é um direito básico que faz parte do dia a dia de todos, e, por isso, ações em parceria com a Prefeitura, com as comunidades e instituições vão contribuir para que Manaus continue avançando nesse sentido”, aponta Freitas.
O diretor-presidente comentou o trabalho feito nas comunidades vulneráveis, como o Beco Nonato, primeira região de palafitas a ter acesso a água tratada e a esgotamento sanitário na capital.
“Em 2024, nós conseguimos evoluir no saneamento básico em Manaus, com o desafio que é fazer saneamento básico em uma cidade cheia de igarapés, e com as características muito próprias de Manaus do ponto de vista urbanístico. Pudemos apresentar os desafios do futuro, indicar onde nós vamos chegar, principalmente do programa Trata Bem Manaus, e, claro, os desafios que a gente enfrentou neste ano e que enfrentará possivelmente no futuro em relação a esse novo normal vindo das mudanças climáticas”, sintetiza o diretor-presidente.
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