Tropa de Choque atua contra terroristas que invadiram o Congresso Nacional (Foto: Matheus W. Alves / Futura Press / Folhapress)

Pedido de bloqueio de R$ 6,5 milhões em bens de 52 pessoas e de sete empresas foi feito pela Advocacia-Geral da União à Justiça Federal do Distrito Federal.

A quantia deve ser utilizada para garantir a reparação dos danos às sedes do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal em caso de condenação dos acusados.

Um dos suspeitos é o bolsonarista João Carlos Baldan, 47, que fretou um ônibus para levar militantes de São José do Rio Preto (SP) ao ato golpista em Brasília, como mostrou o UOL. Na manhã dos ataques, ele gravou um vídeo com insultos e ameaças ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

A AGU não descarta aumentar o valor do bloqueio a depender dos prejuízos que ainda estão sendo contabilizados pelos três Poderes. Por enquanto, somente a Câmara e o Senado estimam despesas de R$ 6,5 milhões.

“A gravidade dos fatos praticados e nos quais os réus se envolveram, que, mais que lesar o patrimônio público federal, implicaram ameaça real ao regime democrático brasileiro, impõe uma resposta célere e efetiva, pena de comprometer o sistema de justiça e sua efetividade”, afirma a Advocacia-Geral da União.

Segundo a AGU, as pessoas físicas e as empresas listadas são aquelas que fretaram os ônibus utilizados para levar manifestantes a Brasília para os atos golpistas. Os veículos foram apreendidos por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

“Tem-se, pois, que os réus que fretaram algum desses ônibus, de vontade livre e consciente, financiaram/participaram ou colaboraram decisivamente para ocorrência desses atos que, por assim dizer, se convolaram em atos ilícitos dos quais, mais que os danos materiais ao patrimônio público federal objeto desta ação, resultaram danos à própria ordem democrática brasileira”, disse a AGU.

A ação é a mais recente de uma sequência de medidas adotadas pela AGU desde o atentado às sedes dos Poderes no último domingo, 8. Horas depois das invasões, a pasta pediu a prisão em flagrante do ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres.

Ontem, a AGU instituiu uma força-tarefa para efetuar pedidos de quebra de sigilo fiscal, telefônico e bancário, compartilhar provas em ações penais e inquéritos e inclusão da AGU como assistente de acusação.

Com informações do Uol