O ministro da Saúde da África do Sul, Zweli Mkhize, disse neste domingo (7) que irá suspender o uso da vacina AstraZeneca/Oxford. De acordo com ele, o imunizante tem eficácia baixa para doses leves e moderadas da variante 501Y.V2 do coronavírus.
A decisão foi tomada depois de um pequeno ensaio clínico demonstrar a baixa proteção. A vacina da AstraZeneca, que também está sendo aplicada no Brasil, oferece “proteção mínima” contra doença leve e moderada. A variante é mais infecciosa e está aumentando o número de casos e mortes na África do Sul. Atualmente, o país registra 1.473.700 casos e 46.180 mortes.
De acordo com informações da Associated Press, o estudo do ensaio ainda não foi revisado. Envolveu 2.000 pessoas, a maioria jovens e saudáveis (média de 31 anos).
“A proteção contra doença moderada a grave, hospitalização ou morte não pôde ser avaliada neste estudo, pois a população-alvo estava sob risco tão baixo”, segundo o ministro. Os cientistas e a equipe técnica da pasta vão estudar se a vacina AstraZeneca é ou não eficaz na prevenção de doenças graves e morte contra a variante, disse Mkhize.
Ele afirmou ainda que a África do Sul implementará urgentemente outras vacinas. Outros cientistas sul-africanos disseram que os testes clínicos da vacina Johnson & Johnson mostram bons resultados.
No fim de janeiro, o governo brasileiro proibiu a entrada de pessoas que tenham passado pelo país africano.