Os acionistas do BB rejeitaram a proposta do banco, revelada pela coluna, para reajustar em 57% o salário da presidente, Tarciana Medeiros. Em reunião nesta sexta-feira (26), a Assembleia Geral dos Acionistas aprovou aumento de 4,62% no salário da executiva, dos vice-presidentes e diretoria.
A justificativa para o aumento pretendido (R$ 74.972 para R$ 117.470) de que os salários estão “defasados” e é necessário ter “remuneração justa frente às responsabilidades do cargo” não sensibilizou os acionistas. Com a decisão de ontem, o salário da executiva irá para R$ 78.435.
A remuneração da presidente do BB inclui, ainda, participação em conselhos que dão a ela mais R$ 125 mil. Tarciana participa de cinco conselhos, quatro deles são remunerados, mas o BB diz que ela só recebe por três. Perguntando o que é feito com o valor do quarto conselho, cerca de R$ 50 mil, o BB pediu mais prazo para responder, o que foi concedido, mas informou que não iria se manifestar após isso.
A reunião da assembleia também frustrou os planos de reajuste para os vice-presidentes, que tentaram elevar os salários de R$ 67.105 para R$ 90.188, assim como dos diretores, que esperavam passar de R$ 56.873 para R$ 69.242. O reajuste para eles também será de 4,62%, bem abaixo do pretendido. O custo anual para o BB de R$ 76,17 milhões.
Assim como Tarciana, os vice-presidentes recebem, além do salário, remuneração por participação em conselhos que ultrapassam R$ 100 mil. O UOL questionou o banco quais conselhos e o valor das remunerações, mas o BB disse que não informaria.
Sobre o reajuste aprovado ontem (26), o BB disse que a informação é pública e não comentou a decisão.
Indenizações
Sob a presidência de Tarciana, o BB também mudou as regras do Paet (Programa de Alternativa para Executivos em Transição). A partir de agora, todos os executivos, diretores, vice-presidentes e a própria presidente receberão um bônus caso percam os cargos de confiança e voltem a ocupar suas funções anteriores, num downgrade dentro do banco. Para isso, precisam ter ocupado os cargos maiores por, no mínimo, seis meses.
Até então, o bônus só era pago para quem se aposentasse ou era destituído. A mudança, que aumentou o número de pessoas atendidas no Paet e beneficia todos os indicados da presidente do BB, não passou por análise da Sest (Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais). Procurada pelo UOL, a Sest não respondeu sobre a alteração ter sido feita sem seu aval.
O BB diz que “o programa, em suas regras atuais, não traz qualquer impacto financeiro adicional ao BB em relação às suas versões anteriores”, o que é uma inverdade uma vez que mais pessoas serão beneficiadas.
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