No último dia de negócios em 2025, o dólar caiu 1,47% ante o real, cotado a R$ 5,489 no comercial para a venda, para encerrar o ano com variação negativa acumulada de 11,2% ante a moeda brasileira, a maior desvalorização desde 2016. Na Bolsa, o Ibovespa subiu 0,40% nesta terça-feira, atingiu 161.127 pontos, para também bater o melhor desempenho em nove anos, acumulando ganho de 34% nos últimos 12 meses.
Dólar caiu ante real na última sessão do ano. A moeda americana teve queda no último dia de negócios em 2025, cotada no comercial para a venda a R$ 5,489, baixa de 1,47% ante fechamento da véspera.
Moeda americana encerrou ano com maior desvalorização desde 2016. O dólar fechou 2025 com queda de 11,2% ante o real, após abrir o ano cotado a R$ 6,18 no comercial para a venda. Foi a maior queda desde 2016, quando a retração foi de 16,5%.
Última sessão do ano serviu para formação da Ptax. Calculada pelo Banco Central com base nas cotações do mercado à vista, a Ptax é usada como referência para a liquidação de contratos futuros nos mercados financeiros. Esse evento costuma trazer mais oscilação para a cotação, já que agentes financeiros tentam deixar o valor da moeda mais perto das posições que possuem.
Mercado tem juros americanos no radar. Hoje o Fed (Federal Reserve), Banco Central dos Estados Unidos divulgou a ata da última reunião do órgão, quando cortou seus juros básicos pela terceira vez seguida. O documento reforçou a divisão entre os membros do órgão, o que ampliou a expectativa de que o Fed vai pausar os cortes das taxas de juros no fim de janeiro, quando haverá uma nova reunião. A política monetária americana influencia os juros brasileiros.
Ibovespa voltou a subir após pausa na véspera. O principal índice de ações da Bolsa brasileira fechou em alta no último pregão de 2025. No fechamento, o indicador marcou 161.127 pontos, alta de 0,40, na quinta sessão positiva nas últimas sete realizadas.
Ibovespa tem melhor desempenho em nove anos. Com o resultado de hoje, o principal índice de ações da Bolsa brasileira acumulou variação positiva de 34% em 2025, o melhor desempenho desde 2016, quando apurou ganho de 38,9%.
Fluxo positivo de investidores estrangeiros e juros sustentaram Bolsa. Entre os fatores que sustentaram o desempenho positivo da Bolsa brasileira em 2025 estão os juros elevados no país, que atraíram recursos de estrangeiros, preços descontados em relação a outras Bolsas, após o Ibovespa ter caído 10% em 2024, e melhora de balanços de algumas das empresas mais relevantes no Ibovespa, apontam profissionais de mercado.

Dados do mercado de trabalho no Brasil também repercutem na Bolsa. Reforçando indicadores que mostram a resiliência da economia brasileira, a taxa de desemprego do país caiu para 5,2% no trimestre encerrado em novembro, divulgou hoje o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O percentual é o menor em toda série histórica da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), iniciada em 2012. Mais emprego e renda ampliam o volume de recursos na economia e aumenta o potencial de vendas e de lucros para as empresas, dizem analistas.
“Um mercado de trabalho sólido ajuda a sustentar a atividade econômica, o que é positivo para o país. Por outro lado, esse cenário traz desafios para o controle da inflação, principalmente no setor de serviços. Os dados da Pnad reforçam nossa expectativa de manutenção da taxa Selic em 15% na reunião de janeiro do Copom. Acreditamos que o ciclo de cortes deve começar em março, com os juros chegando a 13% no fim de 2026.” disse Claudia Moreno, economista do C6 Bank.
Ranking dos investimentos
Variação do Ibovespa fica atrás apenas do ouro. Entre alguns dos principais ativos de investimentos disponíveis no mercado brasileiro, o principal índice de ações da Bolsa brasileira ficou na segunda posição em variação positiva, após o ouro que subiu 65,2%, segundo levantamento da Elos Ayta. Na ponta oposta, com variações negativas ficaram o dólar e o Bitcoin.
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Ouro: + 65,2%
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Ibovespa: + 34%
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Ifix: + 21,2% (índice de fundos imobiliários na Bolsa)
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CDI: + 14,2%
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Poupança: + 8,2
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Dólar: – 11,1% (Ptax)
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Bitcoin: – 17,6%













