Foto: Kelvin Dinelli

Com uma pizza nas mãos, o vereador Rodrigo Guedes (Progressistas) denunciou o silêncio dos vereadores para abrir o processo disciplinar para analisar a cassação do vereador Rosinaldo Bual. O pedido de cassação foi solicitado na Câmara Municipal de Manaus há um mês, mas ainda não foi recebido pelo presidente da Casa.

No dia 6 de outubro, o Comitê Amazonas de Combate à Corrupção protocolou na CMM o pedido de instauração de comissão processante para apuração da eventual cassação de mandato do vereador Rosinaldo Bual, preso pela Justiça em operação do Ministério Público do Estado do Amazonas, por suspeita de rachadinha.

Porém, até o momento, o presidente da Câmara, David Reis, não recebeu o pedido e não iniciou os trâmites na Comissão de Ética. Além disso, o silêncio dos vereadores impera na Casa Legislativa.

Nessa segunda, Guedes denunciou a falta de interesse do órgão em investigar a situação e tomar as providências necessárias.

“Hoje completa exatamente um mês que um membro desta Câmara foi preso, e há um mês que a Câmara não se pronuncia sobre um pedido do Comitê Amazonense de Combate à Corrupção para abrir processo disciplinar. Não é possível que a Casa que legisla não cumpra a lei. Tivemos tempo mais que suficiente para verificar o juízo de admissibilidade. Não podemos permitir que o caso acabe em pizza”, disse.

Além disso, o vereador também apresentou o requerimento 16.107, que pediu esclarecimentos sobre a denúncia feita à CMM, mas a proposta foi rejeitada pelos vereadores Eurico Tavares, Roberto Sabino, João Paulo Janjão, Elan Alencar, Raulzinho, Eduardo Alfaia, Gilmar Nascimento, Sergio Baré, Rodinei Ramos, Thaysa Lippy, Raiff Matos, Everton Assis, Professor Samuel, Alan Campelo, Mitoso, Marcelo Serafim, Rosivaldo Cordovil, Dione Carvalho, Marco Castilho, João Carlos e Aldenor Lima.

Os vereadores Rodrigo Guedes, Rodrigo Sá, Saimon Bessa, Coronel Rosses, Carpe Andrade, Sargento Salazar, José Ricardo, Amauri Gomes, Diego Afonso, Ivo Neto e Paulo Tyrone votaram a favor.