
O presidente Lula repetiu nesta noite que a escolha de Belém para sediar a COP30 representa a valorização da Amazônia e do seu povo, superando preconceitos regionais e mostrando ao mundo a riqueza ambiental, cultural e social da região. A fala aconteceu durante a inauguração do Parque Linear da Nova Doca, em Belém, uma das obras consideradas legado da COP30, a seis semanas da conferência climática que terá a capital paraense como sede.
Lula repetiu que a escolha de Belém não se trata de logística. Em discurso repleto de exemplos históricos e pessoais, Lula afirmou que a escolha da cidade amazônica se trata de mostrar ao mundo a diversidade cultural e ambiental da região. Lula lembrou desafios enfrentados em eventos anteriores, como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas do Rio de Janeiro. “Aprendi a vencer preconceito e fizemos a Copa do Mundo. Lamentavelmente, apanhamos de 7 a 1 da Alemanha, mas a experiência mostrou que é possível superar críticas e entregar resultados”, afirmou.
COP30 mostrará Amazônia e cultura do Pará ao mundo. O presidente ressaltou que a COP30 será uma oportunidade para o mundo conhecer a Amazônia e seu povo, incluindo indígenas, quilombolas, estudantes e trabalhadores locais. Ele destacou a culinária do Pará como um dos maiores patrimônios culturais do país e prometeu que os visitantes terão experiências autênticas, incluindo a possibilidade de conhecer os rios da região e dançar carimbó, ritmo tradicional do estado.
“Eles precisam aprender o que é o carimbó. Eu, se a Janja quiser, a gente pode treinar um pouquinho. Eu, depois dos 80, tô sem limite pra rebolar” afirmou o presidente Lula.
Lula também comentou sobre a infraestrutura para a conferência, garantindo hospedagem adequada, inclusive em navios adaptados para receber participantes. “Ninguém vai dormir aqui pior do que a gente dorme em nenhum lugar do mundo. Para compensar, vai ter o amor do povo do Pará nas ruas, mostrando quem somos”, afirmou. Lula destacou o compromisso do governo em garantir a participação de países africanos e outras nações em desenvolvimento, assegurando alimentação, hospedagem e suporte durante o evento.
Helder Barbalho destaca legado da COP30. Antes da fala de Lula, o governador já tinha dito que a realização da COP30 em Belém é resultado de coragem política e de uma visão que colocou a Amazônia no centro do debate climático global. Barbalho destacou que as obras concluídas para o evento representam um legado permanente para a população paraense.
“Nós não estamos querendo fazer obra para a COP. Nós nos aproveitamos da COP para trazer obra para Belém e trazer obra para o estado do Pará. Essas obras não são para os gringos, não são para os turistas, essas obras são para o povo do Pará, são para Belém, para melhorar a vida da nossa população.” disse Helder Barbalho.
O governador enfatizou que a escolha de Belém superou resistências internacionais. “Houve preconceito contra a Amazônia, muitos não acreditavam que seríamos capazes de receber o maior evento climático do planeta”, afirmou. Entre as principais intervenções, Barbalho citou os 13 quilômetros de canais de macrodrenagem que beneficiam 600 mil moradores, a inauguração da maior estação de tratamento de esgoto do estado, a pavimentação de mais de 600 ruas e a requalificação de espaços públicos como o Parque Linear da Doca e o Parque da Cidade. Ele destacou ainda os investimentos no aeroporto de Belém, a construção de terminais hidroviários e a criação do Museu das Amazônias.













