Diante do aumento expressivo de pessoas com transtornos, como ansiedade e depressão, comprometendo a saúde mental em todas as idades, o Governo do Amazonas, por intermédio da Secretaria de Estado da Assistência Social e Combate à Fome (Seas), investe em campanhas, a exemplo da Setembro Amarelo, de conscientização sobre a importância de cuidar da saúde mental e da prevenção ao suicídio, com valorização à vida.
Nesse contexto, a atividade física se destaca como um dos pilares fundamentais para manter o equilíbrio mental e emocional dos frequentadores dos Centros de Convivência da Família (CECFs) e do Idoso (Ceci), um total de sete, administrados pela Seas com ajuda de parceiros. Nos locais, são realizadas atividades esportivas, fisioterapia e dança, além do psicossocial, que são ferramentas poderosas para alcançar qualidade de vida da comunidade, promovendo saúde e bem-estar.
A descoberta da hipertensão arterial (HA) provocou tristeza e angústia em Maria Neuza Barros da Silva, de 65 anos, desencadeando um processo de ansiedade, que poderia ter gerado, também, depressão. Com isso, a idosa foi orientada a procurar ajuda no Centro Estadual de Convivência da Família Teonízia Lobo, localizado no bairro Mutirão, zona norte.
“Sei que a hipertensão não tem cura, porém, às aulas de funcional, ritmos e alongamento, que faço há mais de três anos, me ajudam a manter a pressão estabilizada, o que propicia bem-estar, melhorando minha qualidade de vida e minha saúde mental”, afirma a idosa, que participa das atividades físicas realizadas pelo Projeto Mais Vida.
Enfrentar a viuvez, recentemente, deixou Lucineia Costa Chagas, 55, abalada e sem vontade de viver. Ela faz fisioterapia e outros exercícios no Centro de Convivência, mas quase desistiu das atividades em razão da sua saúde mental que estava instável. Foi após uma visita domiciliar da psicóloga do espaço que ela decidiu continuar.
“A visita da psicóloga do projeto em minha casa foi muito importante para dar continuidade à vida e as minhas atividades cotidianas, principalmente no Centro de Convivência, onde sou bem acolhida pela equipe técnica; fiz boas amizades, somado aos exercícios físicos, tem me dado novo ânimo para viver”, declara Lucineia Costa Chagas.
Sensação de felicidade
A Organização Mundial da Saúde (OMS) atesta que a atividade física é uma das estratégias recomendadas para promover o bem-estar e prevenir transtornos mentais como a depressão e a ansiedade. Quando se pratica exercícios físicos, o corpo libera substâncias químicas como endorfinas e serotonina, que promovem a sensação de bem-estar e felicidade, que atuam no cérebro, ajudando a reduzir o estresse, a ansiedade e até mesmo os sintomas de depressão.
A educadora física, Janaina Alves, do Projeto, destaca que a atividade física influencia muito na parte educativa e emocional das pessoas. Ela aponta que algumas pessoas chegam ao centro de convivência com problemas variados: solidão, doenças, ansiedade, depressão, insônia, além de esquecimento, o mais comum.
