Profissionais da saúde relatam desvalorização, falta de pagamento e impactos na vida de famílias do Alto Solimões - Foto: Daniel Santos
Cerca de 200 profissionais de saúde da UPA Tabatinga, no Alto Solimões, realizaram uma manifestação para denunciar o atraso de três meses no pagamento dos salários. Enfermeiros, técnicos de enfermagem e demais trabalhadores contratados pela empresa Discol Comércio de Produtos e Serviços de Limpeza LTDA também relataram que estão sendo colocados em férias sem receber, o que agrava ainda mais a situação financeira das famílias.
Cobranças
O deputado estadual Wilker Barreto (Mobiliza) vem acompanhando o caso desde março deste ano, quando apresentou requerimento indicativo à Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) solicitando providências urgentes para o abastecimento da unidade, insumos essenciais e a regularização imediata dos pagamentos às empresas terceirizadas responsáveis pelas equipes de enfermagem e auxiliares de serviços gerais. Nesta semana, o parlamentar voltou a cobrar uma resposta do Governo do Estado.
Em suas redes sociais, o deputado publicou um vídeo em solidariedade aos profissionais da UPA Tabatinga. No conteúdo, o parlamentar criticou o atraso de três meses nos salários dos enfermeiros e técnicos contratados e alertou para o risco de prejuízos a mais de 100 mil pessoas que dependem da unidade no Alto Solimões.
“Enfermeiros e técnicos da empresa Discol estão indo novamente para o 3º mês sem receber. Olha que durante a semana eu cobrei e alertei a Secretaria de Estado da Saúde sobre os atrasos, e nenhuma nota ou posicionamento foi feito. Isso pode prejudicar mais de 100 mil pessoas que utilizam essa estrutura de saúde no Alto Solimões. E nós estamos aguardando atentamente o anúncio das reformas. Por que eu estou falando isso? Porque é um gesto de irresponsabilidade. Quem é que deixa pais e mães de família sem a dignidade do salário? Isso é um absurdo e eu irei acionar os órgãos de controle, porque isso não pode estar acontecendo com a Saúde do Amazonas”, destacou.
Desvalorização
Durante o ato, a enfermeira Priscila Lima, que atua na UPA Tabatinga, descreveu o cenário enfrentado pela categoria. Segundo ela, as profissionais de enfermagem, em sua maioria mulheres e mães de família, já cumpriram suas jornadas exaustivas, mas continuam sem receber seus salários há meses
“Nós mulheres da enfermagem, estamos enfrentando mais uma vez a falta de respeito com nossos salários. Já trabalhamos duro, já cumprimos a nossa parte, já cumprimos horas exaustivas, mas até agora nosso pagamento não saiu. Isso não é apenas um atraso, é uma desvalorização, é a falta de respeito com cada mãe de família, com cada trabalhador que conta com esse dinheiro para poder levar o sustento aos seus lares”, desabafou.
Mudanças urgentes
Para Wilker Barreto, a situação demonstra a necessidade de mudanças urgentes na gestão da saúde no Amazonas. O parlamentar reforçou que seguirá cobrando providências imediatas do Governo do Estado para garantir o pagamento dos trabalhadores e a continuidade dos serviços de saúde no Alto Solimões.
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