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O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul negou o pedido de Andressa Urach feito em processo contra a Igreja Universal. Na ação judicial, Urach pede restituição de doações estimadas em R$ 2 milhões, além de indenização por danos morais.

Segundo o processo, Andressa Urach falou sobre sua relação com a Igreja Universal, que sua família frequentava “há muitos anos”, mas que ela só começou a frequentar o local após ser hospitalizada em 2014, num caso grave de infecção generalizada.

De acordo com o testemunho da criadora de conteúdo, “pastores da Igreja Universal a visitaram no hospital, levados por seu primo, e a fizeram sentir ‘aconchego, um carinho, um amor'”. Após sua recuperação, Urach passou a se envolver com a instituição religiosa.

Com o envolvimento de Urach na Igreja, ela lançou o livro Morri para Viver em 2015. Segundo a criadora de conteúdo, o livro foi escrito por Douglas Tavolar, que também escreveu os livros do bispo Edir Macedo, líder da Universal, e, por isso, “colocou coisas que ela não tinha poder de mudar”.

De acordo com Urach, ela se encontrava “fragilizada” ao deixar o hospital –mesmo momento em que o livro foi escrito–, alegando em seu depoimento que acreditava estar grata à Igreja. Após ter alta, ela se envolveu por seis anos com a instituição religiosa.

Andressa Urach argumenta que começou a realizar doações entre 20 de novembro de 2015 e 11 de julho de 2017. Ela afirma ter recebido R$ 5 milhões pelos royalties de Morri para Viver. Desse valor, cerca de R$ 2 milhões foram pagos em impostos. Do restante, ela teria doado “R$ 2 milhões e muito mais que não consigo provar” para a Igreja Universal.

Segundo Urach, as doações teriam contribuído para sua ruína financeira, o que supostamente teria feito a Igreja Universal “deixar de ter interesse” por ela. No processo, a defesa diz que a influenciadora quer “só o que é dela, não um real a mais do que foi doado”.

Na decisão, proferida em 11 de agosto de 2025, a juíza Karen Rick Danilevicz Bertoncello negou o pedido. “Não há que se falar em restituição de valores (danos emergentes) ou compensação por aquilo que a autora deixou de ganhar (lucros cessantes) se as doações foram válidas e eficazes”, escreveu a magistrada.

“Da mesma forma, o pedido de indenização por danos morais carece de fundamento, pois a suposta angústia ou abalo psicológico alegado pela autora não decorre de uma conduta ilícita da ré, mas sim de seu próprio arrependimento e de sua mudança de perspectiva pessoal e religiosa, fatos que pertencem à sua esfera íntima e não podem gerar obrigação de indenizar para a instituição que, à época, acolheu sua fé voluntariamente manifestada”, argumentou.

O que diz Andressa Urach sobre processo contra a Igreja Universal

Em vídeo publicado em seu perfil no Instagram na última terça-feira, 26, Andressa Urach se pronunciou sobre a decisão judicial, dizendo que ficou sabendo apenas nesta semana da decisão judicial, mas que irá recorrer “até a última instância”.

Segundo ela, a juíza que proferiu a decisão não seria a mesma que acompanhou todo o processo. “Eu levei testemunhas que afirmaram o quanto eu tive de prejuízo”, falou.

“Essas doações que eu fiz não tiveram nenhum documento oficial”, seguiu Urach, “e, mesmo assim, isso não foi levado em conta”.

“Vou recorrer e vou continuar recorrendo, vou lutar até o fim”, finalizou. “Enfrento quem for, porque eu luto pela justiça.”

Confira o vídeo do pronunciamento de Andressa Urach:

*Com informações de Terra