
O governador Wilson Lima apresentou, nesta segunda-feira (18/08), o balanço do primeiro mês do novo modelo de gestão do Hospital e Pronto-Socorro Dr. Platão de Araújo, que registrou um aumento de 49% no número de cirurgias, saltando de 432 para 643 procedimentos mensais. A unidade passa a seguir o padrão já consolidado do Hospital Delphina Aziz, referência de qualidade em gestão de saúde no Amazonas e segue sendo expandido para toda a rede estadual de saúde.
“Nós estamos mudando a saúde com coragem e determinação. Antes, a saúde era refém de monopólios, de prestadores de serviços que estabeleciam a dinâmica de atendimento, os fluxos, equipamentos, insumos, inclusive o funcionamento das salas cirúrgicas. Hoje, nós estamos abrindo a concorrência para todos aqueles que estão prestando serviço eficiente e aqueles que estão praticando um preço de mercado. Nenhum ataque, nenhuma chantagem vai intimidar a nossa equipe de fazer o que tem que ser feito”, pontuou o governador, acompanhado da secretária de Saúde, Nayara Maksoud.
O governador destacou que o Platão Araújo, que conta com 219 leitos e atendimento 24 horas, já vivencia avanços expressivos no número de procedimentos cirúrgicos da ortopedia, que saíram de 200 para 355 por mês (77,5%), e na cirurgia vascular, saltando de 70 para 93 (32%).
O tempo de espera para a realização das cirurgias ortopédicas caiu de 30 dias para apenas 3 dias, com a eliminação de uma fila represada de 110 cirurgias. A unidade também passou a realizar cirurgias de mão na urgência, com tempo médio de espera de apenas três horas.
Já na cirurgia vascular, onde o hospital é referência no tratamento de pé diabético, a produção diária saltou de dois para sete procedimentos, com a introdução de novas tecnologias e tempo máximo de espera de 24 horas.
Outros avanços
As salas cirúrgicas passaram a funcionar de forma ininterrupta, 24 horas por dia, inclusive em finais de semana e feriados. O hospital também adotou novos protocolos para emissão de laudo de risco cirúrgico, reduzindo o tempo de 48 horas para, até, 40 minutos. Com isso, pacientes passaram a ter condições de realizar procedimentos no mesmo dia em que dão entrada. O tempo de espera para CPRE, que antes chegava a seis meses, caiu para sete dias. Ecocardiograma e ultrassom Doppler passaram a ser realizados em até 24 horas.
Com essas mudanças, o hospital reduziu a média de permanência dos pacientes internados de oito para cinco dias, ficando abaixo da média nacional de sete dias, conforme a Agência Nacional de Saúde (ANS). Também houve aumento de 14,33% na conclusão de atendimentos em até seis horas e crescimento de 4% na oferta de exames laboratoriais e de imagem, como raio X, tomografia, eletrocardiograma e ultrassonografia.
Corredor Zero
Outro destaque é o fluxo no atendimento de urgência e emergência. Há 40 dias, o hospital mantém o “Corredor Zero”, eliminando a presença de pacientes em macas nos corredores, o que reforça a eficiência alcançada pela reorganização dos serviços.
