A família de Juliana Marins decidiu enterrar o corpo dela em vez de cremá-lo.
Segundo o pai de Juliana, Manoel Marins, a Justiça não teria autorizado a cremação já que a morte dela não foi natural e ainda está sob investigação.
“Nós tínhamos solicitado ao juiz, através da Defensoria Pública, que ela pudesse ser cremada. Mas o juiz tinha dito não, porque é uma morte suspeita, talvez. Não sei se o termo é esse. Então ela teria que ser enterrada, caso precisasse fazer uma exumação futura”, afirmou Manoel Marins.
No entanto, ao acordar na manhã desta sexta, a família foi surpreendida com a notícia de que a Defensoria tinha conseguido a autorização para que a jovem fosse cremada. “Mas aí nós já tínhamos decidido mesmo pelo sepultamento”, esclareceu.
O sepultamento acontecerá nesta sexta-feira, 4, no cemitério Parque da Colina, em Niterói (RJ).
Novo exame
O corpo da publicitária foi liberado à família na última quarta-feira, 2, após passar por uma nova necropsia, desta vez, no Brasil. O laudo ficará pronto em até sete dias, portanto, a família só está com o resultado da autópsia feita na Indonésia.
“Tem o resultado de exames laboratoriais [daqui do Brasil] que demoram um pouco. Lá mesmo na Indonésia, a necrópsia deles ainda precisa de 12 dias para os exames toxicológicos ficarem prontos. O que eles fizeram foi uma necrópsia preliminar, um laudo definitivo, só 12 dias depois, o que eles fizeram deve sair semana que vem. A embaixada está monitorando isso lá para a gente”, explicou Manoel.
‘Menina doce’
De óculos escuros e semblante sereno, o pai da niteroiense falou com a imprensa sobre a relação entre eles. Descreveu a filha como uma ‘menina doce’ e afirmou que, mesmo em momentos de divergência, eles logo se entendiam. Manoel também contou que o amor por aventuras é uma coisa de família e falou sobre a saudade de viver sem a presença dela.
“Uma semana antes da Juliana morrer, eu e a mãe dela, Estela, minha esposa, estávamos na Chapada Diamantina, porque a nossa família gosta de turismo e aventura. A Juliana não foi para lá [Indonésia], porque de repente, resolveu que gosta de turismo e aventura, não, nós gostamos”, esclareceu.
